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Éder Mauro ofende professora e pede paredão de "fuzilamento"

Declaração foi dada em plena Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Deputado defendeu método de execução para docente que usou meme de Jesus em prova.

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Imagem ilustrativa da notícia Éder Mauro ofende professora e pede paredão de "fuzilamento" camera (Foto: Reprodução Agência Brasil)

Ao se deparar com uma questão de prova que continha um meme de Jesus Cristo, o ator Mário Gomes, que é pai de um dos alunos que faziam a avaliação, entendeu a utilização da imagem como um ato de intolerância religiosa. O artista fez postagens nas redes sociais e ainda foi até uma delegacia registrar um boletim de ocorrência sobre o caso. A polêmica acabou repercutindo até na Câmara dos Deputados.

Na última quarta-feira (1º), em plena Comissão de Direitos Humanos, o deputado federal Éder Mauro (PL-PA) defendeu a adoção do “paredão de fuzilamento” como forma de punição para a professora envolvida na controvérsia.

"Esta jumenta empoderada e comunista deveria ter sido colocada em um tribunal, num paredão, para que ela não levasse esse seu entendimento para a nossa juventude, que está em formação de caráter. Por isso, eu quero dizer aqui nesta Comissão de Direitos Humanos e Minoria que nós parássemos de ver o direito de minoria. Que nós nunca deixemos de ver o direito da maioria dos brasileiros que não quer esses valores errados", vociferou o deputado.

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Além de defender o método de execução adotado em tempos de guerra e por governos totalitários, o deputado bolsonarista ainda tentou ofender a docente, a chamando de “jumenta, imponderada e comunista”.

Apesar da interpretação feita por Mário Gomes e Éder Mauro, na questão que gerou a polêmica, a professora deixa claro que está usando um meme criado a partir da obra "Cristo Crucificado", do pintor espanhol Diego Velásquez, e que apresenta os dizeres: “Bandido bom é bandido morto”.

Na sequência, o comando da questão específica o que se quer do aluno: "Considerando o meme, identifique pelo menos um dos três tipos puros de dominação conceitualizados por Weber. Justifique-se, sempre em termos weberianos”.

Sem levar isso em conta, o deputado paraense disse que a professora "envergonha a classe de professores, querendo comparar Jesus Cristo com bandido" e ainda acrescentou que: "Esta cidadã, se assim se pode chamar, nunca deveria comparar Jesus Cristo (com bandido). Que ela compare bandido com aqueles mais de 20 mortos no Rio de Janeiro”, declarou, fazendo referência à operação policial na Vila Cruzeiro, que resultou em 23 pessoas mortes, na semana passada.

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