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Alimentação do paraense subiu 5,21% somente este ano

Os dados do Dieese/PA mostram uma alta quase generalizada na alimentação básica do paraense.

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Imagem ilustrativa da notícia Alimentação do paraense subiu 5,21% somente este ano camera O óleo de cozinha de soja foi o maior vilão entre janeiro e março. | Wagner Santana / Diário do Pará

Uma nova pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) confirmou o que já tem sido observado há meses pelas famílias paraenses: a alimentação ficou bem mais cara no primeiro trimestre deste ano(janeiro-março/2022).

Segundo os dados, o período encerrou com alta quase generalizada na alimentação básica, alcançando o acumulado de 5,21% contra uma inflação calculada em 3,42%para o mesmo período.

Segundo o Dieese/PA, foi o aumento de vários produtos que compõem a alimentação básica que fez o valor da cesta se elevar ainda mais nos trêsprimeiros meses do ano.

O destaque ficou com o óleo de cozinha (soja) com alta acumulada de 9,42%, seguido da banana (9,28%); tomate (9,00%); açúcar (8,41%); café (7,47%); Feijão (6,25%); carne bovina (4,81%);pão (3,05%); leite (1,62%) e manteiga (1,13%).

O pesquisador e técnico do Dieese/PA, Everson Costa, explica o que tem causado a elevação do preço da alimentação sucessivamente no Estado. “Mesmo antes da pandemia, o Brasil já tinha um custo elevado de produção que se acentuou ainda mais com a crise econômica mundial. O valor dos fretes puxados pela alta dos combustíveis, a produção de insumos e fertilizantes, tudo ficou afetado, ocasionando essa disparadados preços”, detalhou.

CENÁRIO

O cenário de altas nos alimentos pode permanecer ao longo de todo o primeiro semestre deste ano, alertou o técnico. “Como o Brasil é um grande fornecedor, essa priorização do mercado externo ao interno acaba contribuindo também para encarecimento dos produtos. Prevemos um cenário de pouca mudança até o final do primeiro semestre, devido aos elevados custos de produção e combustíveis que podem seguir subindo. Então, se não tivermos esse equilíbrio, o trabalhador terá menos feijão, carne, arroz e condições de bancar a alimentação”,projetou o pesquisador.

Para tentar minimizar os efeitos das altas, o pesquisador deu algumas dicas. “A saída seria que os nossos salários fossem corrigidos a partir de boas condições de negociação. Mas com a renda em baixa, é muito difícil crer em um cenário de consumo e alimentos diferente, correndo o risco do país entrar novamente no mapa da fome. Por isso, vale a pena pesquisar, aproveitar as promoções, fazer compras coletivas e reaproveitar o máximo possível. Apesar de não resolver totalmente o problema, é uma alternativa para controlar os gastos”, explicou Everson.

Ainda de acordo com o Dieese/PA, os dados que estão sendo fechados referentes ao mês de abril de 2022 vão mostrar novas altas no preço da Alimentação Básica dos paraenses.

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