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ALMOÇO

Trabalhador paga mais de R$ 30 com refeição fora de casa

Segundo pesquisa, em Belém, o valor médio cobrado em restaurantes que aceitam vouchers/cartões refeição é de R$ 33,34, mas há variações de acordo com o tipo de refeição.

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Imagem ilustrativa da notícia Trabalhador paga mais de R$ 30 com refeição fora de casa camera Wagner Santana/Diário do Pará

Em meio à rotina corrida, muitas vezes a saída encontrada por muitos trabalhadores é a de se alimentar em restaurantes próximos ao trabalho no intervalo do almoço. Apesar da praticidade, o hábito pode gerar um custo mensal considerável. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) aponta que, em Belém, o valor médio que o trabalhador paga ao fazer refeições fora de casa, durante o almoço, é de R$33,34.

Considerando o valor que o trabalhador paga ao fazer refeições fora de casa, durante o almoço, em restaurantes que aceitam vouchers/cartões refeição, a Pesquisa Preço Médio avalia os valores gastos pelos trabalhadores em diferentes regiões do país. Em Belém, o valor médio apontado pela plataforma é de R$33,34, mas há variações de acordo com o tipo de refeição. O prato comercial ou prato feito, por exemplo, tem valor médio de R$26,83 na capital paraense. Já as refeições à la carte têm valor médio de R$44,03.

Reunindo uma grande quantidade de trabalhadores no horário do almoço, o Complexo do Ver-o-Peso consegue oferecer opções de prato feito que variam desde R$12 a R$15, dependendo do tipo de proteína escolhido pelo cliente. No caso das refeições à la carte, com camarão ou caranguejo, é possível encontrar opções que podem variar de R$40 a até R$90, dependendo do box escolhido.

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Aproveitando o final de semana para comer o tradicional peixe frito no Ver-o-Peso, o ex-atleta Carlos Alberto Ataliba, 59 anos, considera que é importante reservar um dia de lazer para fazer uma refeição fora de casa, mas não é todo dia que a prática é possível. “A nossa vida não é só trabalhar, então, a gente tem que reservar um dia que a gente pode vir em um lugar legal para comer porque a gente já passa a até enjoar um pouco a comida de casa”, brinca. “Mas claro que não dá para ser todo dia porque pesa no bolso”.

VER-O-PESO

No caso dos pratos feitos, os valores mais em conta costumam atrair ainda uma boa clientela nos boxes do Ver-o-Peso, principalmente de trabalhadores das proximidades e do comércio. A autônoma Marinês Silva, 52 anos, conta que já tem uma clientela certa.

“Como nós já temos uma freguesia certa, sempre temos venda. Mas a gente tem que ter sempre aquele jogo de cintura para equilibrar o custo que a gente tem, com o preço da refeição para não perder venda”, considera, ao apontar que os custos para quem trabalha com a venda de refeições cresceu muito desde o início da pandemia. “Está tudo caro! Não dá nem para escolher uma coisa que pesa mais porque tudo está caro”.

Ainda que o custo tenha aumentado, Marinês aponta que ainda não repassou o aumento para os consumidores, continua vendendo o prato feito a R$12. Para isso, porém, é preciso muito planejamento para conseguir equilibrar as contas. “O jeito que a gente encontra é procurar as promoções, os locais que estão com oferta para comprar. Hoje o frango é o que está mais em conta, então a gente consegue vender o PF a R$12. Já o file de dourada é R$15”, explica. “Se aumentar o preço, ninguém compra, então a gente vai fazendo assim”.

Em outro box da feira, a autônoma Tereza Coutinho faz o mesmo ‘malabarismo’ para conseguir manter o preço das refeições. Mas confessa que, por vezes, chega a se preocupar com a manutenção do negócio. “Nada está barato. A situação está tão complicada que a gente já nem sabe mais se continua ou se para de trabalhar com refeição”, considera, ao contar que atua na área há mais de 20 anos. “Tudo aumentou para quem trabalha com comida, mas a gente não tem condições de aumentar para os nossos clientes”.

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