Print de conversa mostra que suspeito negou ajuda à família

A cada dia que passa, novos elementos e informações vão mudando a dinâmica das investigações sobre o caso Yasmin Macedo - a universitária que foi encontrada morta no Rio Maguari, depois de desaparecer num passeio de lancha, na noite de 12 de dezembro de 2021. O corpo foi encontrado por mergulhadores no dia seguinte. Em meio a um "jogo de quebra-cabeças" para saber, de fato, o que aconteceu naquela noite, a família divide o luto com angústia pela espera do resultado das diligências, prorrogadas por mais 10 dias.

Hoje (17), a família de Yasmin compartilhou o print das mensagens que Euler Cunha - o médico legista que está na condição de suspeito no inquérito, junto com outras duas pessoas - trocou com uma tia dela, Érika Macedo. A conversa foi durante o intervalo de tempo em que a universitária estava desaparecida e até uma hora antes de o corpo ter sido resgatado pelos mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

Nas mensagens é possível ver a súplica da família para que ele pudesse passar qualquer informação sobre Yasmin, mas ele nega, naquela ocasião, conhecer a universitária. Cunha aponta ainda outras duas amigas que estavam com a estudante de Medicina Veterinária. Uma delas foi a que bloqueou todos os contatos da família de Yasmin.

Para Erika, houve, no mínimo, omissão de informações sobre o que aconteceu. “Esse médico no outro dia nos desejou sorte, que ele não poderia ajudar a gente em nada e que ele não conhecia Yasmin”, resume a tia sobre o que Euler escreveu no aplicativo de troca de mensagens. “Se foi um acidente, por que eles fizeram tudo isso? Por que tantas versões de um mesmo acidente?”, questiona.

Veja o print da conversa do legista com a família de Yasmin:

Acareação

Não há dúvidas de que o médico legista Euler Cunha tem tido certo protagonismo nesta fase de investigações sobre o caso Yasmim Macedo. Há quem o considere como um dos que mais tem colaborado com as diligências. Ele já prestou três depoimentos e, logo mais, ainda hoje (17), advogado dele, Marco Antônio Pina, irá protocolar na Divisão de Homicídios, um pedido de acareação entre Euler e mais duas testemunhas que também já prestaram depoimento e teriam fornecido informações não verdadeiras. O legista já entregou a arma usada por ele, no dia do passeio de lancha. Ele admitiu ter efetuado disparos para cima.

A confirmação do pedido de acareação foi dada pelo próprio Marco Antônio Pina, que também aguarda por uma reconstituição sobre o caso. “A reconstituição será no final do mês ou no início de fevereiro”, apontou o advogado, que ainda não tomou conhecimento do conteúdo do print em que mostra a conversa do cliente dele com a família de Yasmin Macedo.

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