Concurso da PM: o que se sabe sobre a morte do candidato?

Aos 20 anos, Aelton Guimarães Braga da Silva, estudante de Direito, não aparentava ter problemas de saúde. Aprovado nas três primeiras etapas do concurso de formação de praças da Polícia Militar do Pará – prova escrita, avaliação psicológica e inspeção de saúde - o jovem morreu na tarde da última quinta-feira (4), após passar mal durante o teste de aptidão física (TAF), realizado na Escola Superior de Educação Física, no bairro do Marco, em Belém.

Candidato de concurso da PM morre em teste físico em Belém

Um dia antes da morte, vídeos feitos por familiares de Aelton mostram que ele parecia conseguir realizar, normalmente, os exercícios exigidos no certame. Sem qualquer dificuldade, o jovem fazia abdominais e flexões de braço.

Antes da aplicação do teste de aptidão física, o cronograma do concurso previa uma inspeção de saúde, feita por uma junta de especialistas. Aelton Guimarães Braga Silva passou por inspeção de saúde no dia 3 de outubro, realizada em uma faculdade particular, localizada na avenida Governador José Malcher, no bairro de Nazaré.

Inspeção de saúde

Na ocasião, o candidato deveria apresentar uma série de laudos e exames complementares, emitidos três meses antes da data prevista para a inspeção. Dentre os exames exigidos no edital para a avaliação de saúde estão exames de sangue para a detecção dos níveis de glicemia, ureia, creatinina,VDRL, HBSAg, AntiHbe, AntiHbc, Anti HCV, sorologia para toxoplasmose, mononucleose, chagas e sífilis, Anti-HIV I e II, Anti-HTLV I e II, TGO, TGP, colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos.

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Outras exigências do concurso eram a apresentação de exame toxicológico, exame radiográfico, exame de urina, ecocardiograma bidimensional com Doppler, teste ergométrico, eletroencefalograma, tonometria, biomicroscopia, motricidade ocular extrínseca, senso cromático, audiometria tonal, citologia oncótica, além de exame psiquiátrico.

"Não tem como a gente resumir em palavras, isso. É um garoto que com 17 anos buscou o que queria. Houve aprovações em diversas faculdades, universidades. Tanto prova que estava aí, com seus 20 anos, fazendo Direito na UFPA", lamenta Aelson Garcia, tio da vítima.

De acordo com Aelson Garcia, a família foi avisada de que Aelton havia passado mal durante os testes físicos por um integrante da coordenação do concurso. Ainda segundo o tio, nos primeiros atendimentos recebidos, ainda na Escola Superior de Educação Física, houve a constatação de que o jovem estava com baixo índice de glicemia.

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Segundo a Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), o candidato foi encaminhado, ainda consciente, para o Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti (PSM da 14). Em comunicado, a secretaria informou que a execução do TAF é de responsabilidade da empresa organizadora do concurso público, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades).

O DOL entrou em contato com o Iades, para saber informações sobre o resultado da inspeção de saúde de Aelton Guimarães Braga da Silva, e aguarda um posicionamento.

Confira a reportagem completa de Paulo Magno/RBATV: