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11 ANOS DO DOL

Música do Pará põe o Brasil e o mundo para dançar

O que não faltou foram hits e grandes nomes para consagrar a música feita no Pará. Em 11anos, os sons paraenses ganharam o mundo com Gaby Amarantos, Joelma, Jaloo e companhia. Mas também houve grandes perdas, como as de Mestre Cupijó, Mestre Chico Braga e Mestre Vieira.

Imagem ilustrativa da notícia Música do Pará põe o Brasil e o mundo para dançar camera Gaby Amarantos, um dos grandes nomes da música do Pará. | Rodolfo Magalhães

O caldeirão musical paraense, que vinha sendo cozido lentamente desde suas raízes mais profundas, explodiu em sons e talentos nos últimos 11anos. Nomes, que hoje são referências no cenário nacional, estavam despontando em 2010, quando o Dol surgiu, e fariam toda a diferença nessa festa de sons que é Estado do Pará.

Nesse meio tempo, o Pará se firmou como imenso celeiro de ritmos, melodias e nomes de peso. Mas também sofreu baixas muito severas, principalmente de mestres que simbolizam até hoje a base da cultura musical paraense.

Ainda faltava pouco menos de um ano para o Dol entrou no ar, quando Mestre Verequete, o célebre músico Augusto Gomes Rodrigues, eternizou-se deixando um carimbó sincopado de pau e corda, referência para grupos de Belém e de todo o Estado. Era uma das primeiras grandes perdas dessa geração que consolidou um traço vindo dos terreiros do interior e das periferias como uma música de identidade genuinamente paraense.

Em 25 de agosto de 2012, outro grande músico também faleceu, mas deixou um legado do Siriá e do carimbó cheio de arranjos de metais: o mestre Cupijó, ou o Joaquim Maria Dias de Castro, que de saxofone nas mãos contagiou o Brasil e ate Portugal. Nesse reino de muitos reis, Chico Braga, um símbolo do carimbó litorâneo de Algodoal, também se foi e, assim se encantou nos acordes e letras singelas que ficaram como memória onde ele viveu e fez música. A partida do velho carimbozeiro ocorreu em 7 de setembro, em 2015.

Mais recentemente, já em 2018, quem deixou os palcos de vez foi o saudoso Mestre Vieira. De Barcarena com sua guitarrada envenenada, Joaquim de Lima Vieira fez história e deixou um som inconfundível, caliente, caribenho e dançante, que reverbera ainda hoje.

Música do Pará põe o Brasil e o mundo para dançar
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Herança cabocla: curimbós, guitarras e samplers

Do legado de nomes que pavimentaram o rico assoalho musical paraense, Dona Onete é um híbrido de tradição e malemolência que se consolidou na última década. Hoje com 82 anos, ela iniciou a carreira em Igarapé-Miri, município paraense do Baixo Tocantins, em grupos folclóricos, quando ainda era professora. Mas o primeiro disco veio em 2012, com “Feitiço cabloco”. Antes, além de cantar, Onete tinha encantado plateias em shows em São Paulo, entre anônimos e famosos, e até feito um filme, o clássico “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”.

Entre os jovens expoentes da música paraenses estão Jaloo e Félix Robatto. De Castanhal, o performático e universal Jaime Melo Júnior, o Jaloo, começou em 2010, quase que junto com o Dol, suas mixagens e mashups, que o colocaram de vez no cenário musical brasileiro, sobretudo, em festivais de música independente e alternativa. Já Robatto fez seu nome a partir da extinta banda La Pupuña, cuja base era sua destreza na guitarra inspirado nas velhas guitarradas de gente como Veira e Mestre Curica. Na última década, o guitarrista virou sinônimo de virtuosismo, ritmo, camisas coloridas e barba. Com visual despojado e energia no instrumento, ele fez sua marca nas noites de Belém com a sua “Lambateria”.

Jaloo e Gaby Amarantos em parceria musical.
📷 Jaloo e Gaby Amarantos em parceria musical. |Reprodução do YouTube

Citar é também excluir. Obviamente, a música paraense é feita de uma diversidade que vai além de qualquer reducionismo, com os clássicos que vão de Pinduca a Fafá de Belém, Nilson Chaves à Amazonia Jazz Band, de Manoel e Felipe Cordeiro à Liah Sophia e Lucinha Bastos. Sem falar nas novidades do mundo alternativo das bandas de garagem, do rock ao punk, e até o povo todo do tecnobrega, outra grande força que ganhou projeção nacional.

Falando em tecnobrega, quem não lembra do primeiro disco da musa da antiga banda Tecnoshow? Ninguém menos do que Gabriela Amaral dos Santos, ou simplesmente, Gaby Amarantos. Foi em 2012 que ela fez seu solo com o “Treme”, título cheio de significados e ritmos. A partir daí, ela ganhou o mundo e pôs o Jurunas e o Pará como um emblema de usa vivência e referência direta de identidade musical.

Outra explosão nacional impossível de ser ignorada é a extinta banda Calypso, com Joelma no vocal e Chimbinha na Guitarra. Eles se separaram em 2015, depois uma série de controvérsias sobre a relação de marido e mulher que tinham, mas, em 2018, ainda estavam vivendo em turnês com seu “Acústico, Amor sem Fim, 10 Anos e Vem Balançar!”, que tinha sido lançado em 2008.

No panelão fervilhante da música paraense, o que chama atenção é justamente a diversidade e a vocação para dançar. Mas não cabe uma definição única em uma terra que tem nomes maestro como Waldemar Henrique, os violonista Tó Teixeira, Sebastião Tapajós e Salomão Habib; e instrumentistas como Luiz Padral, o pessoal do Trio Manari, da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, além dos cantores que participam do Festival de Ópera e tantos músicos anônimos que contribuem para consagrar uma das maiores riquezas do Pará nessas e em outras décadas.

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