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PECUÁRIA VERDE

Basa financia práticas sustentáveis de pecuária no Pará

O FNO Amazônia Rural Verde, do Banco da Amazônia, disponibiliza linhas de financiamentos para projetos sustentáveis dentro do plano de aplicação do FNO para 2021

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Imagem ilustrativa da notícia Basa financia práticas sustentáveis de pecuária no Pará camera Banco da Amazônia incentiva o desenvolvimento de projetos sustentáveis por meio de linhas de crédito | Divulgação

Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o Brasil bateu recorde de exportação de carne bovina em 2020, com total de 2,016 milhões de toneladas, 8% a mais do que no ano anterior. A expectativa é que o recorde seja superado em 2021. E o Pará se destaca neste contexto. Com o maior rebanho da Região Norte e um dos maiores do país, o Estado soma mais de R$ 20 milhões de cabeças de gado, com área considerável do território rural destinado à pecuária.

Mesmo sendo de suma importância, tanto para o mercado interno como para exportação, a atividade é conhecida por causar certa degradação ambiental, especialmente com desmatamento e áreas de pastagem. Assim, ações que busquem incentivar uma produção sustentável, minimizando ao máximo o impacto ambiental, ganham destaque e se mostram como uma solução não apenas no viés do Meio Ambiente, mas na própria questão econômica, já que mercados internacionais, sobretudo a União Europeia, têm exigido cada vez mais padrões mais modernos e menos nocivos ao planeta.

Uma das principais ações para esse aprimoramento do agronegócio no Norte do País é realizado pelo Banco da Amazônia. O programa de Financiamento em apoio ao Setor Rural denominado FNO Amazônia Rural Verde, disponibiliza através da Linha FNO Rural Verde, linhas de financiamentos para projetos sustentáveis dentro do plano de aplicação do FNO para 2021. Dentro dele, há o Pecuária Verde, voltado especificamente para esta atividade, como forma de aumentar a rentabilidade dos empreendimentos rurais que atuam na atividade pecuária, melhorar a qualidade e saúde dos animais, melhorar o desempenho ambiental e incrementar a produtividade, tudo de modo sustentável.

Dolcast: Banco da Amazônia e o incentivo a Pecuária Verde

“No Pecuária Verde, estamos apoiando um modelo de produção em que esses empreendimentos estão ampliando o nível de tecnologia empregado no processo produtivo, com agregação de valor, verticalizando sua geração de receita, e sem ampliar a área de uso alternativo da propriedade. Então você consegue atender o produtor tanto em operações de custeio quanto investimentos que contemplam recuperação de área de pastagem, áreas degradadas, trabalhar um melhor manejo dos animais com rotacionamento de pastagens deixando essas áreas mais produtivas, mas com equilíbrio com o meio ambiente”, afirma Edmar Bernaldino, superintendente do Banco da Amazônia. “Você consegue estimular financiamentos sustentáveis, que promovem a produção de alimentos, um commodity muito relevante para o país, mas que atendam a legislação ambiental, estimulando esses produtores a buscar crédito que melhorem a produtividade de forma sustentável”.

O estímulo à recuperação de pastagens degradadas, melhoramento da qualidade do rebanho e aumento da produtividade têm ajudado o Basa a ampliar cada vez mais a participação no valor de crédito disponibilizado anualmente pelo Plano Safra. Até junho de 2022, são R$ 7 bilhões em crédito disponibilizados para a Região Amazônica, sendo R$ 2,2 bilhões só para o agronegócio paraense, e dentro disso, o crédito para Pecuária Verde.

Divulgação

Edmar Bernaldino, superintendente do Banco da Amazônia. Foto: Divulgação

Como é o maior rebanho do Norte, com região bem produtiva, mas áreas degradadas, de pastagem não estão em seu melhor estado. Quando você estimular recuperação de pastagem degradada, incentivando a qualidade de rebanho, um melhor alimento, isso tem ajudado o banco a ampliar a participação no valor de crédito. Anualmente, o Basa disponibiliza no plano Safra até junho de 2022 R$ 7 bilhões para a região Norte, R$ 2,2 bilhões só para o agronegócio Paraense. Dentro desse valor, o crédito para o Pecuária Verde.

O valor que cada cliente pode tomar varia e depende das condições apresentadas pelo solicitante, como a capacidade de pagamento de cada empreendimento, porte do produtor, tamanho da propriedade, o sistema produtivo que visa implementar, uso das tecnologias aplicadas na produção e outros fatores.

A linha de crédito está disponível para qualquer produtor rural. “Hoje, conseguimos atender todos os portes de empreendimentos, que vai desde o agricultor familiar até o grande produtor. É claro que nossa prioridade é atender os mini e pequenos produtores rurais que mais necessitam deste apoio. No entanto, é importante destacar que todos os empreendimentos precisam atender a legislação ambiental e fundiária. Todos os financiamentos que concedemos passam por um rigoroso processo de análise sócio ambiental, até mesmo o agricultur familiar. Caso não atendam todos os critérios, não conseguirão acessar o crédito”, continua Edmar, ressaltando que o programa inclusive não atende apenas quem trabalha exclusivamente com gado. Pelo contrário. “A Pecuária Verde permite ampliar a possibilidade de geração de receitas no empreendimento com integração da pecuária com outras atividades produtivas. Tem casos de sucesso de integração da lavoura-pecuária, pecuária-floresta, pecuária-silvipastoril. Exemplos de sucesso em que o produtor consegue verticalizar a produção, gerando receitas adicionais e produtividade, renda e sustentabilidade”.

APOIO ESSENCIAL

Desde o início dos trabalhos no Pará, em 2014, as Fazendas Três Marias adotam as práticas disseminadas pelo Pecuária Verde. No estado, o grupo possui seis propriedades em Aurora do Pará, Ipixuna e Tomé-Açu. Com rebanho estimado em cinco mil cabeças, as fazendas do grupo atuam no melhoramento genético bovino, com as raças nelore e brangus.

“O Banco da Amazônia, como banco de fomento, atua no segmento de forma firme, apoiando esse e outros projetos. O Banco da Amazônia é um parceiro essencial para o negócio”, diz o empresário Zoroastro Junior, sócio nas fazendas.

Uma das práticas sustentáveis das Fazendas Três Marias é o sistema de semiconfinamento. Ao atingirem 370 quilos, os animais deixam os campos de pastagem e passam para a recria em confinamento. A medida reduz o impacto provocado pelo peso dos animais no solo, possibilitando recuperação em tempo menor das áreas de pasto, o que reduz a necessidade de desmatamento de novas áreas.

“Conseguimos aumentar a rentabilidade da fazenda, porque trabalhamos com lotação maior, então maior produtividade e menos espaço, menos área de cerca para cuidar, menos área de superfície de pastagem para cuidar, tudo isso é consequência da intensificação”, explica o empresário Zoroastro.

A alimentação dos animais confinados, à base de sorgo e milho, também é produzida nas mesmas propriedades onde ocorre a engorda dos animais. A prática promove a fixação de carbono no solo, além de reduzir a erosão e a perda de nutrientes. “Nossos animais bebem água de poço, água encanada, em bebedouros de concreto. Temos pastos sombreados. A soma de pequenos fatores, no final, dá esse diferencial nos resultados”, completa Zoroastro.

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