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Doenças de verão aumentam em 50% e afetam crianças

Entre os principais sintomas estão febre, dor no corpo, diarreia e vômitos.

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Imagem ilustrativa da notícia Doenças de verão aumentam em 50% e afetam crianças camera Crianças estão entre as mais afetadas pelas doenças de verão. | Agência Pará/Reprodução

Altas temperaturas, imunidade baixa, portas abertas para inúmeras enfermidades. O clima tem provocado o aumento de quadros de infecções virais, que atingem, principalmente as crianças nesse período de verão.

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O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Icoaraci, Belém, referência nestes atendimentos, registrou em junho, 49,34% dos atendimentos de urgência da pediatria foram de queixas relacionadas a "viroses" em seus consultórios pediátricos.

Das 2.270 crianças atendidas na unidade, 1.120 apresentaram doenças respiratórias, dermatológicas e gástricas, com sintomas de febre, dor no corpo, diarreia e vômitos, recorrentes neste período de calor excessivo, seguido por fortes chuvas.

A dona de casa Suziele Santos recorreu ao pronto-socorro infantil do HRAS com o filho de oito meses. "Tive medo quando a febre aumentou. Aos poucos, ele ficou mais quietinho, com o corpo mole. Vi que surgiram manchas avermelhadas na pele e tosse por dois dias", explicou.

Para ela, a mudança de temperatura explica os sintomas. "De manhã está fazendo muito sol, à tarde chove, mas continua quente. As crianças não estão preparadas", comentou.

Há três dias com febre, tosse e coriza, a pequena Beatriz Lima, de 3 anos, foi levada por sua mãe, a auxiliar administrativa, Helena Lima, de 26, ao pronto-atendimento do Abelardo Santos.

Crianças em casa: brincadeiras para fazer com os filhos

Moradora do Outeiro, ela relata que, na região, diversas crianças têm apresentado os mesmos sintomas. "Parece que passou um vento forte e contaminou a meninada toda. São ao menos umas cinco crianças da rua que estão com muita febre e tosse, como se tivessem gripadas. O médico disse que é uma virose", afirmou.

Na casa da autônoma Raquel de Nazaré Pinto, seus dois filhos apresentaram também os sintomas virais. "Eles estão com muita tosse e febre de 38º. Reclamam de dor de cabeça, primeiro foi o mais velho de 5 anos, e depois o bebê de 1 ano e três meses. Acredito que é devido à temperatura", disse.

Alerta

As infecções virais são comuns entre pessoas de todas as idades, no entanto, com mais frequência em bebês e crianças. A maioria das infecções transmitidas por vírus da infância não é grave.

O pediatra do Abelardo Santos, Emmerson Franco, explica que "devido à sazonalidade destacam-se no momento os quadros virais de laringite (crises de tosse seca), gastroenterite (diarréia líquida com ou sem vômito) e doenças exantemáticas (manchas avermelhadas na pele sem coceira e geralmente com febre)".

Os cuidados devem ser redobrados. Para o especialista, a palavra de ordem é prevenção. "Recomendamos evitar contato com pessoas sintomáticas, manter ingestão adequada de líquido, ingerir alimentos não processados".

Para o tratamento, o especialista recomenda "fazer o uso de analgésico e antitérmico, conforme a prescrição do pediatra", destacando a importância de manter a caderneta de vacinação sempre atualizada e seguir medidas de higiene pessoal e no ambiente familiar.

Atendimento

Por dia, o Hospital Abelardo Santos recebe, em média, 90 crianças no seu pronto-atendimento. "Atendemos crianças desde o seu nascimento até 12 anos, 11 meses e 29 dias. Em média, no mês, são quase 2.700 consultas de urgência e emergência com diversas queixas. Neste período, identificamos muitas infecções virais que são características que o médico consegue diagnosticá-las com base apenas nos sintomas, no entanto, temos laboratório, que atende toda demanda do pronto-socorro pediátrico", detalha o diretor técnico do HRAS, Paulo Henrique Ataíde.

Dicas dos especialistas

- Lave sempre as mãos dos seus filhos, principalmente antes da alimentação e após ir ao banheiro.

- Não compartilhe os copos e talheres das crianças, sobretudo nas praias, clubes e balneários.

- Lave sempre os alimentos, dando atenção especial àqueles que serão consumidos in natura.

- Mantenha os alimentos na geladeira ou armazenados em ambientes térmicos.

- Nas praias, evite dar às crianças alimentos expostos por muito tempo ao sol.

- Mantenha o calendário de vacinação das crianças sempre atualizado.

- Evite expor as crianças sintomáticas em locais de aglomeração.

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