O Pará já atingiu a marca de mais de 15 mil mortes causadas pela Covid-19 segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Embora a vacinação esteja caminhando em todo o país, pouco menos de 30% da população conseguiu começar a ser vacinada.
Em razão deste cenário, a orientação dos especialistas é a de que não é o momento de relaxar com as medidas de prevenção, ou seja, o uso de máscara, do álcool gel e o distanciamento social continuam sendo essenciais para a preservação de vidas.
Apesar disso, é grande o número de pessoas que têm descumprido esses cuidados básicos, sobretudo em feiras livres de Belém.
Embora o hábito de ir até o local, conversar com os feirantes, pesquisar preços e provar os alimentos seja, há anos, a rotina de muitos consumidores, em tempos de pandemia, é necessário evitar maior contato e restringir o comportamento apenas à compra dos produtos, sempre respeitando as medidas sanitárias.
No entanto, na manhã de ontem (21), o cenário era totalmente diferente. Na feira do Guamá, muitos consumidores se aglomeravam entre as barracas de gêneros alimentícios, boa parte sem máscaras, assim como os próprios vendedores.
Em barracas de farinha, de hortaliças ou de frutas, alguns vendedores ofereciam os alimentos sem o uso do acessório obrigatório. Em outra feira da cidade, no bairro da Terra Firme, a situação se repetia, com aglomerações em algumas tendas e a negligência com as demais medidas de prevenção contra o vírus.
A dona de casa Maria Terezinha, 68 anos, destacou a preocupação com o descumprimento das regras sanitárias.
“Já tomei a primeira dose da vacina, mas estou de máscara, fazendo a minha parte. Continuo mantendo os cuidados exigidos. A gente precisa sair de casa para fazer as compras, mas quando chego faço uso do álcool e troco de roupa porque ainda não pude tomar a segunda dose da vacina devido à espera de alguns exames”.
Já na feira da Pedreira, embora algumas pessoas fizessem uso de máscaras, era possível encontrar exemplos contraditórios em relação aos cuidados de proteção, como, por exemplo, um vendedor de máscaras oferecendo aos consumidores o produto, sem que ele mesmo estivesse fazendo uso; assim como um ambulante vendendo chope de frutas com a máscara sobre o queixo, oferecendo o alimento enquanto caminhava no meio da população.
De acordo com o vendedor Jorgenor da Silva, 65 anos, os cuidados têm sido negligenciados.
“A todo momento tem gente passando sem máscara. Eu, pelo menos, faço uso mesmo já estando vacinado com as duas doses. E tomei a vacina da gripe também. A gente precisa cuidar da saúde porque ainda estamos em pandemia”, ressaltou.
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