O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, região metropolitana de Belém (PA), desenvolveu uma cinta de mobilização usada em pacientes no leito e, com isso, conseguiu reduzir o custo desses acessórios para R$ 17,00. No mercado, esse valor pode chegar a R$ 200,00 a unidade.
A cinta é um projeto implantado pela fisioterapia do trabalho e pelas costureiras do hospital. A matéria-prima usada para a produção são retalhos de tecidos que sobram no setor de corte e costura da unidade.
“O Metropolitano já produziu 42 unidades das cintas. Se colocarmos isso na ponta do papel, o hospital economizou mais de R$ 7 mil. Esse valor pode ser investido em outras áreas da unidade, aumentando os benefícios para o serviço público de saúde”, ressaltou Alba Muniz, diretora Hospitalar.
De acordo com a técnica de Enfermagem, Luciana Nunes, “o manuseio e o transporte do paciente devem ser seguros e eficientes, sem expor essas pessoas a riscos desnecessários, evitando assim agravar seu estado clínico”, observou a profissional.
O fisioterapeuta Augusto Duarte explica que, ao carregar o paciente de forma inadequada, o profissional de saúde pode adquirir problemas nas articulações dos joelhos e até de coluna.
“Levantar uma pessoa deitada sobrecarrega vários pontos do corpo. Com a cinta de mobilização, o técnico de Enfermagem ou enfermeiro consegue obter maior apoio para que ele possa levantar e transportar o paciente”, explicou.
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A utilização funciona da seguinte forma: o profissional posiciona o paciente de lado e por baixo encaixa a cinta. Em seguida, com as costas em cima do dispositivo, o colaborador pode puxar o paciente sem muito esforço.
“Após o uso do dispositivo, o material é colocado em um saco e enviado para o setor de Higiene, onde serão aplicados os procedimentos adequados para a higienização, a fim de evitar contaminações entre pacientes”, disse o fisioterapeuta.
O HMUE é uma unidade pertencente ao Governo do Pará e gerenciado pela entidade filantrópica Pró-Saúde. O hospital recebe pacientes com traumas de diferentes regiões, referência para mais de 60 municípios paraenses. Devido à gravidade do trauma, grande parte dessas pessoas tem movimentos limitados.
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Para auxiliá-las nos curativos, no banho e para realizar ações básicas do dia a dia, os pacientes contam com equipes de fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos.
Jéssica Lopes é autônoma e precisou se internar na unidade após sofrer acidente de trânsito. A paciente afirmou que se sentiu segura e confortável com a utilização da cinta de mobilização desenvolvida pelo hospital. “É como se fosse um encosto. Então, na hora de levantar, eu fiquei confortável”, comentou.
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