Nem o ovo de galinha escapou da alta do dólar. O preço subiu porque os componentes da ração das aves ficando a cada dia mais cara no Pará. Em meio ao desequilíbrio econômico devido a pandemia do novo coronavírus, a situação está ficando cada vez pior para os produtores regionais.
O milho é o insumo-chave no processo de cria e engorda de suínos e aves, por isso tem grande impacto no custo de produção e tem efeito direto no desempenho desses segmentos no mercado interno e externo, uma vez que o Brasil está entre os maiores produtores e exportadores mundo.
Na granja Santa Joana, em Santa Isabel, o custo da na produção de ovos subiu cerca de 50% nos últimos quatro meses. O preço do milho e do farelo de soja, base da ração das aves, mais que triplicou. O milho é o principal ingrediente energético utilizado na ração desses animais.
"O saco de milho de 60kg que era comprado a R$28, agora está custando R$80. Já o saco da Soja que era vendido a R$1.400 agora está R$2.400", disse o administrador da granja, Álvaro kagawa, em entrevista ao DOL.
De acordo com Kagawa, uma caixa com 360 avos é vendida por R$130, mas com o atual preço da ração, o valor será reajustado em R$150. Ainda segundo o administrador, a carne do frango também sofrerá com a alta nos preços. Ainda segundo o administrador, até as embalagens de papelão que acondiciona os ovos para a venda sofreu reajuste. E o consumidor já sentiu no bolso os constantes aumentos nos preços.
"Os clientes já estão reclamando das constantes altas nos preços e muitos já não querem comprar porque os lucros não acompanham o preço final da revenda", disse Kagawa.
Kagawa também informou que esse aumento se deve porque a China comprou todas as safras de milho e soja do Pará e agora os produtores da região estão sendo prejudicados com a falta da matéria prima.
E para diminuir os prejuízos por falta de matéria prima, a saída da granja está sendo reduzir a produção e o descarte das aves. Segundo o administrador, a granja já descartou cerca de 30% de suas aves.
Algumas reuniões já foram realizadas com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) para tentar encontrar uma solução, mas até o momento a ordem é esperar para que o dólar sofra queda para que esse esse senário econômico possa se estabilizar.
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