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Incerteza sobre auxílio emergencial preocupa beneficiários

Quem depende da ajuda teme pelo futuro, já que há dúvidas sobre sua continuidade

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Imagem ilustrativa da notícia Incerteza sobre auxílio emergencial preocupa beneficiários camera Cosma Rodrigues usa o dinheiro para pagar as despesas de casa | Ricardo Amanajás

O auxílio emergencial que começou a ser pago pelo governo federal em abril deste ano tem ajudado milhares de famílias brasileiras durante a pandemia da Covid-19. O benefício concedido aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados trouxe alívio no pior momento da crise, mas está com os dias contados. Quem depende da ajuda teme pelo futuro, já que há dúvidas sobre sua continuidade.

Ao todo, foram pagas cinco parcelas de R$ 600 para o grupo principal, e R$ 1.200 para mulheres que sustentam a casa sozinhas. Em setembro, o governo anunciou a prorrogação do benefício até 31 de dezembro, mas com valores reduzidos pela metade. A incerteza sobre a continuação do programa para 2021 tem preocupado beneficiários que não sabem como ficarão sem o auxílio.

A autônoma Cosma Rodrigues, 52, esperava por atendimento em uma agência da Caixa no bairro do Guamá, em Belém. Ela recebe o auxílio desde o início. “Mesmo que seja a metade espero que o benéfico continue ano que vem. Esse auxílio me ajudou bastante com pagamento de contas e alimentação. Mas com tudo ficando caro tento economizar o máximo, ainda mais com essa incerteza da pandemia”, disse.

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Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o benefício só será estendido para o próximo ano se o Brasil for atingido por uma segunda onda da Covid-19, assim como ocorre em outros países da Europa. O economista disse ainda que, caso houvesse uma nova onda da doença, os gastos com a doença seriam menores, já que daria para filtrar os excessos e usar um menor valor.

FUTURO

A vendedora Alessandra Teles, 26, foi até a agência do bairro da Pedreira para tentar desbloquear a senha do aplicativo Caixa Tem, usado para fazer transações eletrônicas e obter demais informações do benefício. Assim como outros beneficiários, a jovem ainda não sabe o que vai fazer caso o auxílio encerre de vez tão logo. “O dinheiro tem ajudado minha mãe e eu que moramos na mesma casa. Ainda estou recebendo o valor integral, graças a Deus, mas sei que logo será reduzido”, comenta. “Mesmo que seja só a metade, eu quero continuar recebendo. Não vai dar para suprir totalmente nossas necessidades de casa, mas é melhor do que não ter. Com essa incerteza da economia e vagas de empregos para o próximo ano, fica bem difícil planejar as coisas e me deixar aliviada.”

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Até o momento, nenhum outro projeto ou programa foi definido pelo governo federal para substituir o auxílio emergencial. Seguindo o calendário de pagamento, a Caixa liberou ontem o benefício de 3,6 milhões de brasileiros nascidos em agosto do Ciclo 4.

Os valores já podem ser movimentos pelo aplicativo Caixa Tem para pagamento de boletos, compras pela internet e em maquininhas de cartão de estabelecimentos comerciais.

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