A Operação Amazônia Viva Fase 5 divulgou um balanço das ações que foram finalizadas no último sábado (07), pelas equipes da Força Estadual de Combate ao Desmatamento. Esta já é considerada uma das fases mais produtivas e desafiadoras, tanto pelo resultado, quanto pela resistência que fiscais e militares tiveram que transpor no combate aos crimes ambientais, em especial, a ação de garimpeiros ilegais.
Nos dias em que as equipes integradas estiveram em campo, o Pará registrou queda de 70% no desmatamento, comparado ao mesmo período do ano passado. Essas informações são geradas com base nos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). “Esses números demonstram que estamos no caminho certo e nos enchem de motivação na busca pelos caminhos para o desenvolvimento sustentável com a estratégia ampla de manter fiscalização constante, aliada aos incentivos à produção rural, para aqueles que querem manter as boas práticas ambientais. Esse é o principal objetivo do Plano Estadual Amazônia Agora, do qual faz parte a operação”, complementa o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O´de Almeida.
O balanço da operação também revela números históricos para o Estado. A área total embargada, ou seja, colocada em proteção, é de 5.220 hectares, o equivalente ao tamanho da cidade de Santos, no litoral paulista. Foram apreendidos 14 veículos, 24 motosserras e 746 metros cúbicos de madeira. Além disso, 10 pessoas foram presas, 17 acampamentos de desmatadores foram destruídos e 31 garimpos clandestinos foram interditados. “Um resultado histórico para o Estado do Pará, que vinha com uma média anual de dois garimpos interditados. Desde o início deste ano, já tínhamos fechado seis garimpos ilegais e nessa fase da operação conseguimos, em 15 dias, acabar a atividade ilegal em 31 garimpos”, comemora o Diretor de Fiscalização da Semas e Coordenador da Operação, Rayrton Carneiro.
Uma tarefa nada fácil para as equipes formadas por fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Policiais Militares do Batalhão Ambiental (BPA), Policiais Civis, Bombeiros e Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Na Vila Canopos, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, há 300 km de São Félix do Xingu, a equipe enfrentou uma manifestação da comunidade local, que fez uma barricada e ateou fogo a uma ponte de acesso à vila para impedir a passagem da fiscalização. “O local é uma vila de garimpeiros que vive em torno dessa extração ilegal de minério e por isso alguns moradores tentaram impedir o trabalho dos fiscais, mas ninguém se machucou e o trabalho foi feito”, acrescenta Rayrton.
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A quinta fase da Operação Amazônia Viva começou no dia 20 de outubro e foi até o dia 7 de novembro. O trabalho da Força Estadual de Combate ao Desmatamento teve seis frentes de trabalho nos municípios de Senador José Porfírio, Moju, Tailândia, Pacajá, Novo Progresso e São Félix do Xingu, que cobrem no total, uma região que abrange 15 municípios.
A equipe que atuou na região de Moju identificou uma área equivalente a 250 campos de futebol, que foi desmatada Ilegalmente em uma fazenda na área rural. No momento do flagrante, 10 homens usavam motosserras para derrubar árvores. O responsável pela coordenação da atividade ilegal foi preso e pagou R$ 17 mil de fiança, mas responde processo na Justiça pelo crime ambiental. O dono da fazenda não estava no local, mas já foi identificado e também vai responder judicialmente. A propriedade foi embargada pelos fiscais.
A Operação Amazônia Viva faz parte do pilar de Comando e Controle do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), coordenado pela Semas. A macroestratégia inclui, além da repressão aos crimes ambientais, ações de incentivo ao desenvolvimento sustentável no campo como: apoio técnico aos produtores rurais, regularização fundiária e ambiental e linhas de crédito direcionadas a quem mantém boas práticas ambientais.
“A ideia é manter a Operação Amazônia Viva de maneira constante, uma vez por mês os fiscais vão a campo, para manter a vigilância em áreas mais sensíveis em relação aos crimes ambientais que destroem a floresta paraense, por isso, não vamos parar até o fim do primeiro semestre de 2021”, conclui o titular da Semas, Mauro O`de Almeida.
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