O Estado entregou, nesta quarta-feira (11), o Terminal Hidroviário de Curuá, na região do Baixo Amazonas. Com uma estrutura completa, o equipamento deve atender mais de 2 mil usuários por mês. O governador Helder Barbalho esteve no município pela parte da manhã para o ato solene junto aos moradores e autoridades da cidade.
Em sua terceira visita ao município desde o início da gestão, o chefe do Executivo estadual destacou o papel da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) na execução da obra, bem como o da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) na manutenção da qualidade do serviço prestado à comunidade.
"E mais uma vez, não vim a passeio, mas a trabalho. Depois de gestões que passaram 20 anos sem pisar aqui. Hoje a gente entrega o terminal. Em asfalto, são cinco quilômetros que estamos fazendo em parceria com a prefeitura, para tirar o povo da lama e da poeira. E também a estrada, que era sonho antigo, que faz a interligação com Alenquer e o restante da região" - Helder Barbalho, durante a abertura do espaço.
O governador aproveitou a oportunidade para se desculpar com a população pelo adiamento da entrega, antes marcada para o fim da tarde de terça, 10. "Porque estive em Uruará, percorrendo de carro os 140 quilômetros de um trecho da Transamazônica que será asfaltado, e diminuirá em 170 quilômetros a distância entre Belém e Santarém, integrando a Calha Norte com a região do Xingu, Altamira. Uma obra de R$ 200 milhões investidos pelo governo do Estado. Já era noite quando terminamos, e seria perigoso seguir viagem. Fiz questão de percorrer de carro para conversar com as comunidades. Só assim, vendo as necessidades, a gente consegue uma solução de fato", justificou.
De Curuá, Helder Barbalho partiu rumo a Alenquer, onde entrega obras de pavimentação. Em seguida para Prainha, também entrega o terminal hidroviário. Depois para Monte Alegre, onde dá início ao asfaltamento da PA-254.
"São ações efetivas de governo. Esta região em 2011, 2012, quis se separar do Pará, criar o estado do Tapajós. Na verdade, o que queriam era chamar a atenção, para que o Estado olhasse por vocês. Mostraram que filhos tem de ser vistos de maneira igual, não pode ter filho de primeira ou segunda a classe. Por isso, o governo é presente em todo o Estado, trabalha por todas as regiões, independente do tamanho da cidade. Seja Santarém ou aqui, na pequena Curuá, são os mesmos paraenses, que merecem a mesma atenção e mesmo respeito", confirmou o chefe do Executivo Estadual.
Helder antecipou que na próxima visita ao município entregará ruas asfaltadas, benefícios do programa Sua Casa para famílias cadastradas, e ainda que está cobrando da Secretaria de Estado de Educação Pública (Seduc) pela climatização da escola estadual, bem como assegurou à prefeitura a parceria na recuperação do hospital municipal.
Terminal ganhou estrutura confortável e moderna
O espaço conta com terminal de cargas, cadeiras confortáveis, carrinhos para bagagens, guichês para vendas de passagens, sala para órgãos de defesa social, televisão, bebedouro, banheiros masculino, feminino e para portadores de necessidades especiais. Este é o quarto terminal entregue pelo Governo do Pará no Baixo Amazonas.
A obra naval compreende duas rampas metálicas articuladas cobertas, uma rampa para acesso ao flutuante principal coberto, além de sistema de amarração e fundeio para embarcações. Desde o ano passado, o terminal possui outorga da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para operar na região. A obra gerou 70 empregos diretos e 25 indiretos na região.
Hugo Hachem, presidente em exercício da CPH, explica que o fato de o terminal contar com um conjunto naval oportuniza e potencializa o equipamento. "Assim dá as condições de operar o ano todo, e não só em época boa, inclusive na baixa do nível do rio. É um diferencial muito grande", assegura.
Milena Galúcio Silva, de 22 anos, costuma viajar para Santarém de barco. Até a entrega do terminal, tinha de lidar com as condições precárias de balsas cujo acesso era uma área cheia de lama. "Vai ser um marco para nossa cidade, a gente precisava disso há bastante tempo", avalia.
Kenesy Pinheiro, de 25 anos, também costuma se deslocar de barco para outros municípios da região. "Vai beneficiar muita gente, é uma grande conquista ter um espaço assim, mais seguro, em que a gente pode, por exemplo, se proteger da chuva enquanto espera o barco", detalha.
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