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FINANÇAS

Equilíbrio emocional e diálogo familiar são essenciais para controlar os gastos

Diante do cenário de incertezas que ainda persistem em decorrência da pandemia, famílias devem prezar pelo uso consciente de suas finanças e eliminar algumas despesas

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Imagem ilustrativa da notícia Equilíbrio emocional e diálogo familiar são essenciais para controlar os gastos camera Medidas simples em casa, e ter o controle de tudo na ponta do lápis, farão seu dinheiro render mais. | Reprodução

Ainda estamos vivendo a pandemia da covid-19 e por isso o cenário de incertezas ainda é latente. A crise provocada pela propagação do coronavírus continua deixando homens e mulheres chefes de família em alerta quanto ao controle de gastos e das despesas domésticas.

O momento, dizem os especialistas, é para manter o equilíbrio emocional na hora de tomar as decisões sobre o que deve ou não ser comprado - o que é essencial – e buscar manter o diálogo com a família sobre a necessidade de se cortar gastos excessivos, focando no que é mais primordial neste momento. Isto é valido na hora de fazer supermercado, na hora de pensar na conta de energia elétrica, no uso do cartão de crédito e até na hora de escolher um plano de internet e TV por assinatura.

Patricia Godoy, que é Educadora Financeira, é uma das especialistas que defende que o equilíbrio das finanças do trabalhador depende do equilíbrio emocional dele e da sua predisposição para adotar comportamentos que favoreçam a poupar mais o seu dinheiro e evitar as dívidas. “É uma época que se deve pensar no corte de gastos, evitar comprar coisas que não sejam tão necessárias assim e conversar com a família, para adotar uma mudança de comportamento em casa que vai garantir que ninguém passe o mês apertado ou sem renda para pagar o que deve”, disse.

Ela manifestou ainda preocupação com quem não soube fazer o uso responsável do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal e acabou fazendo dívidas contando com esse valor. “Tem um caso em particular que merece atenção que foi quem recebeu o auxílio emergencial de 600 reais e começou a fazer uso como se fosse um valor constante. O valor já foi reduzido pela metade e desde o início não deveria ter sido agregado como uma renda extra ou fixa para chefe da família”, pontuou.

A fala dela, na verdade, reflete bastante a realidade em que vive uma grande parcela da população que no período mais crítico da pandemia teve redução da jornada de trabalho (e consequentemente dos rendimentos) e outros perderam o emprego. Índices da Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontam que mais de 60% dos brasileiros estão endividados.

“É por isso que eu digo que o momento é para se adotar um novo comportamento e conhecer melhor a minha realidade”, comentou ao se posicionar como chefe de família e responsável pelo controle de despesas e gastos. “É preciso ter controle emocional para dizer não quando precisar dizer ‘não’ para aquela compra que o mercado está tentando me empurrar”, frisou Godoy. “O equilíbrio a que me refiro é aquele que vai contribuir para que não sejamos levados pelo consumismo”, destacou a educadora financeira.

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PONTA DO LÁPIS

Fazer uma planilha é um bom exercício para que as pessoas possam começam a conhecer os seus gastos e poder trabalhar melhor a renda. O exercício é bem simples, basta anotar em um caderno ou bloco de notas toda entrada e saída de dinheiro ao longo do mês. Deve-se anotar até o que foi gasto com bombons, se for o caso. No final, avaliar item por item se aquela compra era essencial, de fato. Na pratica, o recomendável é que as despesas domésticas não ultrapassem os 70% da renda familiar.

“Agora em novembro os trabalhadores irão começar a receber o 13º salário. O ideal é que esse valor seja usado para quitar as dívidas, mas quem não tiver dívidas deve guardar para os gastos de início de ano”, orientou Patricia Godoy.

Equilíbrio emocional e diálogo familiar são essenciais para controlar os gastos
📷 |Reprodução
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