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REVOLTA

Moradores sofrem com rua precária em Belém 

A falta de saneamento básico na travessa de Breves, no bairro do Jurunas, em Belém, tem tirado o sossego da população, que fechou um trecho da via para impedir a passagem de ônibus e cobrar soluções da Prefeitura

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Imagem ilustrativa da notícia Moradores sofrem com rua precária em Belém  camera A área mais crítica da Breves fica entre Mundurucus e Pariquis, onde os alagamentos atormentam a comunidade | Fernando Araújo

Cansados de conviver na situação de abandono, moradores da travessa de Breves, entre rua dos Mundurucus e dos Pariquis, no bairro do Jurunas, foram às ruas cobrar da Prefeitura de Belém atividades básicas e necessárias que eliminem um dos problemas mais comuns nas grandes cidades: a falta de saneamento básico, que consequentemente causa alagamentos, acúmulo de lixo e vários tipos de doença.

O morador Augusto Santos reclama que o bueiro enche e transborda quando chove
📷 O morador Augusto Santos reclama que o bueiro enche e transborda quando chove |Fernando Araújo

Para chamar atenção, eles resolveram intervir diretamente onde mais sentem dificuldade. “Aqui sempre foi assim: chove, enche e depois seca. O problema é que agora quando cai a chuva, a água não vai mais embora e fica por dias assim, água presa, fedorenta e com risco de doenças”, diz a professora Irene Monteiro, 63, que sempre morou na Breves.

PROTESTO

Depois de muitos pedidos e nenhum retorno, na manhã da última quarta-feira (14), os moradores do trecho se reuniram e bloquearam as duas esquinas, evitando assim a passagem das linhas de ônibus, que, segundo eles, são as que mais prejudicaram a manutenção da rua nos últimos anos. “Desde que desviaram a rota dos ônibus, a rua foi apodrecendo. Isso é bem claro. Quanto mais o tempo passa, pior fica a situação das famílias daqui”, relata o beneficiário Augusto Santos, 47. Segundo ele, foram quatro linhas de ônibus deslocadas para o trecho por contas das obras de macrodrenagem, no canal da Bernardo Sayão.

Com pedaços de pau, telha, pneus e outros objetos, eles obstruíram a passagem, evitando um estrago maior do que o já visível.

Mesmo sem chuva, a rua permanece alagada, com uma água esverdeada e algumas crateras que são obstáculos aos moradores. Além de prejudicar quem mora, quem trabalha também sofre com o descaso. “Eu tenho um ponto aqui na esquina e já perdi o número de vezes em que perdi clientes por causa da dificuldade em chegar aqui. Tem vezes que a gente perde peças, outra o cliente não consegue sequer entrar aqui na rua, então de qualquer forma a gente perde. É bem difícil viver assim”, reclama a costureira Maria Pantoja, 60.

O que diz a prefeitura?

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informa que uma equipe técnica do Departamento de Drenagem Urbana (Durb) irá ao trecho citado na reportagem para avaliar as condições dos bueiros, mas não deu prazo e nem citou data.

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