O arroz virou notícia nas últimas semanas pela alta do preço em todo o Brasil, mas em Belém o produto também gerou susto nos consumidores pela restrição ou limitação nas compras dos clientes em algumas redes de supermercado. Além dele, o óleo de cozinha e o açúcar, que contribuem para que a cesta básica da capital seja uma das mais caras do país, também estão sendo vendidos de maneira regrada aos clientes.
Um dos supermercados registrados pela venda com limite foi a unidade do Líder que fica na travessa Humaitá, no bairro do Marco, ontem (18). Nas prateleiras de arroz e açúcar, o cartaz da loja determinava a limitação de apenas 5 quilos de cada produto por cliente. Da mesma forma, o supermercado Cidade localizado na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, limitou apenas 6 recipientes de 900ml de óleo de cozinha aos compradores do estabelecimento.
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Ainda de acordo com a entidade empresarial, a garantia relacionada ao desabastecimento também se refere aos demais alimentos e que a responsabilidade de limitar a venda de produtos é questão de cada supermercado. “Mesmo que alguns produtos diminuam, a população não vai enfrentar problemas. Quanto a limitação de itens em alguns supermercados, são medidas tomada por eles a partir de critérios particulares”, acrescentou Jorge Portugal.
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CESTA BÁSICA
Além da limitação de produtos por clientes, o consumidor paraense também está sentindo as dificuldades da alimentação no bolso, com a alta dos preços da cesta básica, em Belém, que segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), nos primeiros oito meses de 2020 sofreu o aumento acumulado de 6,61%.
Entre os produtos que mais encareceram e contribuíram para a alta de cesta básica constam, o arroz que teve reajuste de 26,32% e o óleo de soja com 20,51%, nos primeiros oito meses do ano, justamente os produtos que foram encontrados sendo vendidos de maneira limitada aos consumidores. Entretanto, segundo a Aspas, essa situação não está condicionada a alta dos preços. “O que podemos explicar é apenas o aumento dos preços do arroz e da soja, que se deve a alta do dólar, o que faz os produtores acharem mais vantajoso exportar. Mas, reitero que isso não vai influenciar no abastecimento, vai causar aumento gradativo, mas que vai em breve se ajustar com a possibilidade da taxa de importação”, concluiu Portugal.
Pato usado na alimentação do Círio de Nazaré está custando até R$ 100 na capital
Se a realização do Círio de Nazaré deste ano sofreu mudanças por conta da pandemia do novo coronavírus, a única certeza em relação a isso é que o almoço alusivo ao período estará na mesa do paraense. Mas os devotos vão pagar mais caro por isso, sobretudo no pato do tucupi, já que a ave, viva ou congelada, apresentou alta de 10% no quilo, em relação ao ano passado.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), o pato congelado é encontrado em grande quantidade na maioria das redes de supermercados de Belém e está com o preço médio de R$ 18 o quilo. Já a ave ainda viva está em falta, sendo encontradas apenas nas feiras do Ver-o-Peso e da 25, com pesos entre 2,5 a 3 quilos e com preços variando entre R$ 60 a R$ 100.
A pesquisa do Dieese-PA, que apontou os números citados foi feita entre os dias 14 a 16 deste mês, em que indicaram que tanto o pato congelado e vivo sofreu aumento no preço do quilo em 10%, em relação ao mesmo período de 2019. Ainda de acordo com o estudo, o tradicional prato no tucupi pode ficar ainda mais caro no Círio, já que existe ainda a possibilidade de a ave sofrer novos aumentos no preço. Para isso, o pato pode ser substituído pelo frango que, segundo o Dieese, o quilo na versão resfriada está custando nas redes de supermercados de Belém em torno de R$ 7,50, ou seja, R$ 10,50 mais barato do que o quilo do pato congelado.
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