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VANDALISMO

Pichações se espalham por prédios, praças e até pontos de ônibus de Belém 

As pichações estão na maioria dos muros e logradouros públicos da capital, como praças, residências e até mesmo órgãos de governo, além de pontos de ônibus. A falta de fiscalização contribui também para que este tipo de situação continue ocorrendo. Local

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Imagem ilustrativa da notícia Pichações se espalham por prédios, praças e até pontos de ônibus de Belém  camera Uma das praças mais belas da cidade é também a mais abandonada dando acesso a ações dos vândalos | Mauro Ângelo/Diário do Pará

As pichações estão na maioria dos muros e logradouros públicos da capital, como praças, residências e até mesmo órgãos de governo, além de pontos de ônibus. A falta de fiscalização contribui também para que este tipo de situação continue ocorrendo.

Localizada no centro de Belém, a praça Waldemar Henrique é um dos principais espaços que sofrem com esta situação. É até difícil achar um lugar que ainda não esteja pichado no local, que está completamente abandonado. A falta de manutenção faz com que, inclusive ,se diminua o fluxo de pessoas na área, ficando restrito apenas ao ponto de ônibus, que também não oferece as melhores condições.

Nem mesmo casas históricas localizadas no bairro da Cidade Velha estão protegidas contra este tipo de ação. A rua Dr. Assis conta com diversas residências antigas, também atingidas pelas tintas. Em uma delas, nem mesmo o anúncio de que havia sido restaurada pelo antigo Ministério da Cultura fez com que o prédio estivesse livre das pichações. No mesmo perímetro, na esquina com a travessa Dom Bosco, parte do prédio pertencente ao colégio Salesiano Nossa Senhora do Carmo também havia sido atingida pelos pichadores.

Pichações se espalham por toda a cidade, em praças, paradas, muros e paredes de prédios e casas.
📷 Pichações se espalham por toda a cidade, em praças, paradas, muros e paredes de prédios e casas. |Mauro Ângelo/Diário do Pará

Para o agente marítimo Mota Júnior, 57 anos, a falta de uma fiscalização contribui para este tipo de situação na cidade. “Eu acredito que falta mais fiscalização para coibir isso. Já foi pior, mas infelizmente essa situação continua complicada. É um vandalismo difícil de combater e deixa a cidade menos bonita, mais suja e com muita poluição visual. Principalmente quando é na nossa casa”, comenta.

Na avenida 16 de novembro, além das casas antigas, instituições e comércios também sofrem com a sujeira nas fachadas. No local, está instalada a Casa do Estudante Universitário do Pará (CEUP), fundada no ano de 1957. O local encontra-se com a frente completamente pichada, além de janelas quebradas. Nem mesmo o Convento dos Franciscanos foi “perdoado”.

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BRT

Na avenida Almirante Barroso, todas as estações do BRT, que voltaram a funcionar regularmente, estão com alguma marca de pichação. Na estação BRT da Antônio Baena as pichações se espalham ao longo de toda a estrutura. Em ambos os lados. “Tem pouca fiscalização por aqui e isso facilita com que pichem tudo o que querem. A cidade fica feia tanto para quem vem de fora como para a gente também”, disse o autônomo Augusto Henrique, que passava pelo local. Próximo dali um enorme prédio, ainda em construção, contava com “riscos” em quase todos os andares.

Além de ser considerada vandalismo, a pichação também pode ser caracterizada como um crime ambiental, que pode gerar pena de detenção de 03 meses a 01 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.

Pichações se espalham por prédios, praças e até pontos de ônibus de Belém 
📷 |Mauro Ângelo/Diário do Pará

Por meio de nota, a Guarda Municipal de Belém (GMB) informa que realiza monitoramento através de rondas por motocicletas e viaturas diariamente. A GMB ressalta que a população pode acionar as equipes de segurança pelo número 153 a qualquer hora do dia. Sobre a recuperação de espaços públicos, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informa que desenvolve constantemente serviços de recuperação de espaços que sofrem com atos de vandalismo, como pichações e depredação. Entre 2013 e 2020, mais de 100 praças receberam reparos ou estão sendo recuperados. A secretaria ressalta que até mesmo espaços já recuperados recentemente foram alvos de novas ações de vandalismo, e passarão por nova intervenção.

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