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DENÚNCIA

Falta de chave no PSM da 14 dificulta jovem com câncer a receber resultado de exame para iniciar tratamento

A falta da chave de uma sala no Hospital e Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, no bairro do Umarizal, em Belém, foi o grande problema para familiares de uma jovem moradora da capital, na noite desta quarta-feira (4). "Estamos desesperados. Minha irmã

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Imagem ilustrativa da notícia Falta de chave no PSM da 14 dificulta jovem com câncer a receber resultado de exame para iniciar tratamento camera Reprodução

A falta da chave de uma sala no Hospital e Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, no bairro do Umarizal, em Belém, foi o grande problema para familiares de uma jovem moradora da capital, na noite desta quarta-feira (4).

"Estamos desesperados. Minha irmã está em frente ao [hospital] Ophir Loyola com fortes dores. Eu retornei ao pronto socorro municipal para mais uma tentativa. Estou no Hospital da 14 de Março tentando falar com alguém para que possa me dar algum documento, receita, qualquer coisa que comprove o que minha irmã tem", explica a irmã da paciente em conversa com o DOL.

Segundo ela, a equipe médica do pronto-socorro municipal disse que só será possível entregar algum documento para a família na quinta-feira (4), pois eles estão sem a chave de um armário onde organizam os documentos com o histórico e diagnósticos dos pacientes.

"Como é que pode isso? Quer dizer que minha irmã vai ter que esperar até amanhã (quinta-feira)? E se ela morre?! Meu Deus, alguém tem que fazer alguma coisa", desabafou a irmã, desesperada.

A família, pede que a equipe médica responsável pelos diagnósticos dos exames, os receba e gere os resultados dos mesmos com urgência, visto que, a jovem não pode esperar.

O CASO

A paraense de 26 anos, que reside no bairro do Guamá, em Belém, deu entrada no PSM da 14 no último dia 15 de fevereiro, uma manhã de sábado, com fortes dores abdominais.

"Ela chegou com muitas dores, foi medicada, mas não passou. Os médicos então optaram por um cirurgia, deram o nome de "cirurgia exploratória". Foi retirado algum pedaço de algum órgão para fazer uma biopsia. Falaram que minha irmã estava com câncer. Ficamos desesperados", explica a irmã da jovem, que não quer ser identificada.

Em entrevista ao DOL, a irmã da paciente comentou que muitos exames foram feitos, porém, nenhum foi entregue à família.

"Eles nos mandaram ir embora pra casa, mas sem nenhum documento que comprove a doença que minha irmã tem", disse.

Ainda de acordo com ela, a irmã encontra-se, novamente, com fortes dores abdominais e sem recursos.

Elas tentaram dar entrada no Hospital Ophir Loyola, para começar o tratamento, porém, foram barradas pois não tinham documento algum que as respaldasse sobre o diagnóstico.

OUTRO LADO

O DOL solicitou um posicionamento sobre o caso para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que informou por meio de nota que a paciente deu entrada no Hospital Pronto Socorro Municipal Mario Pinotti (Umarizal) e, após avaliação e exames médicos, foi submetida a uma incisão cirúrgica abdominal e realizada coleta de biópsia de lesão.

"O exame foi encaminhado ao laboratório prestador do serviço. A Sesma esclarece que receitas médicas não confirmam diagnóstico de câncer e sim, o exame histopatológico. O Hospital aguarda o resultado do exame", conclui a nota.

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