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Prefeito de Manaus ignora Bolsonaro e busca ajuda internacional

Com a chegada do mês de janeiro muitos paraenses, em férias, decidem viajar para praias, rios e igarapés do interior do Estado, o que aumenta a incidência de afogamentos nessas regiões. De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sob

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Imagem ilustrativa da notícia Prefeito de Manaus ignora Bolsonaro e busca ajuda internacional camera Até a última quarta-feira (6) a capital amazonense registrava 4.804 casos confirmados da COVID-19, além de 459 mortes. | Reprodução

Com a chegada do mês de janeiro muitos paraenses, em férias, decidem viajar para praias, rios e igarapés do interior do Estado, o que aumenta a incidência de afogamentos nessas regiões.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 16 brasileiros morrem afogados diariamente, homens morrem em média 6,7 a mais que as mulheres, sendo a maioria adolescentes. A região que apresenta a maior taxa de mortalidade é o Norte devido a sua característica de possuir muitos rios e igarapés, fatores que acrescentam ainda mais na percentagem de óbitos.

Pessoas de 11 a 29 anos são as que mais morrem por esse motivo, chegando a 47%. Segundo o 1° Grupamento de Busca e Salvamento do CBMPA (1° GBS), o Pará registra aproximadamente de 7 a 8 óbitos por afogamentos ao mês, atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Pará.

O Comandante do 1º GBS, Tenente Coronel Silva Júnior, é Bombeiro Militar especialista em Guarda-Vidas, e orienta os banhistas que vão viajar para os principais balneários da região metropolitana de Belém e interior do Estado:

Quais são as principais indicações a esses banhistas?

R: O mais importante é o reconhecimento do seu risco pessoal, saber a sua capacidade para estar naquele meio (no caso de rios, praias e igarapés). Seguir as regras básicas de atenção com as crianças e nunca deixá-las sozinhas em um ambiente aquático é primordial. Não esquecer de mantê-las sempre a distância de um braço, pois em qualquer situação adversa que possa vir ocorrer, o adulto está ali para dar o auxílio. Nossos rios, no período de férias, têm um fluxo muito grande de deslocamento de embarcações, por isso é importante que seja observado os materiais de salvamento como coletes salva-vidas e cobrar da tripulação o respeito de limites de passageiros, caso isso não ocorra, acionar os órgãos competentes de fiscalização, além de também procurar saber como utilizar esse equipamento. Nas praias, é necessário que os banhistas respeitem as orientações dos guarda-vidas, seja ela das placas de sinalização ou bandeiras, e sempre buscar orientações do melhor local para banho.

75 % dos casos de óbitos ocorrem em rios, quais as características desse meio que fazem os números serem tão grandes?

R: Os rios da nossa região têm ambientes enormes onde não há a presença ativa dos guarda-vidas em toda extensão, então é necessária a percepção do próprio banhista em reconhecer o grau de periculosidade do local. Há uma presença maior de fortes correntezas laterais onde não há uma zona de escape, por isso, muitas vezes quando a pessoa é arrastada, há uma dificuldade de salvamento.

A região Amazônica é rica em animais marinhos e isso contribui com acidentes em locais de grande circulação. Então quais dicas para evitar tais situações?

R: Em casos de acidentes com animais marinhos, o ideal é que se procure o posto do Corpo de Bombeiros mais próximo, lá eles vão dar as orientações necessárias de acordo com cada caso, por exemplo, Água Viva tem um procedimento diferente do acidente com o peixe Bagre.

Sabemos que a variação dos rios e marés são constantes na nossa região, e por causa disso, vários banhistas se afogam. Como explicar isso?

R: Ficar de olho na variação da maré é muito importante, pois nossa região apresenta uma amplitude de maré muito alta. Na Região Metropolitana de Belém, as praias de Mosqueiro e Cotijuba, por exemplo, têm uma menor intensidade, mas quando se parte para uma amplitude oceânica, ela aumenta. O fator importante é que esse avanço e recuo das marés propiciam uma força muito maior das correntes, levando o banhista da terra ao alto mar em questão de segundos. Essas correntes são chamadas de Correntes de Retorno, às vezes, não é observável e sim perceptível. Quando o banhista se deparar com uma situação dessa, é necessário que ele busque as laterais da corrente, que é onde ela perde a força e há possibilidade de buscar a parte mais rasa para poder tocar na areia. Sempre pergunte ao guarda-vidas a respeito disso, pois ele já fez o reconhecimento da área e sabe a localização desses pontos de risco.

O Tenente Coronel Silva Júnior tem 21 anos de experiência na área e é vice-presidente e Diretor Estadual do SOBRASA, que tem a missão de auxiliar o Corpo de Bombeiros Militar no Pará na competência de busca e salvamento no meio aquático. "Há também outras dicas de segurança para a população paraense aproveitar as praias:

Evitar o uso de bebidas alcoólicas antes de entrar nos ambientes aquáticos, pois isso faz com que o banhista perca as habilidades físicas dentro desse meio, ocasionado acidentes que possam leva a pessoa a óbito;

Colchões, boias e similares causam uma falsa sensação de segurança, pois o banhista que faz o uso desse material no meio aquático, ao se deparar com uma situação de emergência da perda desse objeto, pode submergir e se afogar;

Sempre usar colete salva-vidas;

Nunca tente salvar uma vítima de afogamento, ofereça um material flutuante e informe ao guarda-vida mais próximo e/ou ligue 193;

Cuidado com o uso de celular, o aparelho pode causar desatenção.

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