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DEZEMBRO LARANJA

Prevenção ao câncer de pele deve começar nos primeiros anos de vida

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – Inca entre os anos de 2018 e o final deste ano, cerca de 165.580 novos casos de câncer de pele devem ser confirmados no Brasil. Para chamar a atenção da população sobre a situação, a Sociedade Brasileira de D

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Imagem ilustrativa da notícia Prevenção ao câncer de pele deve começar nos primeiros anos de vida camera Dia D do Dezembro Laranja também foi realizado em Belém. | Wagner Almeida/Diário do Pará

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – Inca entre os anos de 2018 e o final deste ano, cerca de 165.580 novos casos de câncer de pele devem ser confirmados no Brasil. Para chamar a atenção da população sobre a situação, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove há cinco anos o Dezembro Laranja, ação que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. A ideia é alertar as pessoas para a necessidade dos cuidados e prevenção.

Apesar de ser raro em crianças, a dermatologista Deborah Unger, da SBD, explica que a prevenção ao câncer de pele deve começar logo nos primeiros anos de vida. “O sol tem um efeito cumulativo na pele. Dessa forma, quanto mais exposta a pessoa ficou a radiação solar ao longo da vida, maiores serão as chances de desenvolver a doença”.

Por causa disso, uma das principais medidas de prevenção deve ser usar fotoprotetores ou bloqueadores solares. “O fator de proteção sempre deve ser maior que 30”, orienta. Além dos protetores, as roupas com fatores de proteção também são importantes na prevenção. “São de grande ajuda, principalmente durante as exposições por um longo tempo”, completa.

Para quem pensa que a proteção deve se resumir apenas quando ocorre a exposição direta ao sol, em praias ou piscinas, por exemplo, a médica faz um alerta: “É importante se proteger também no dia a dia. Não precisa ser com mesma intensidade quando se está exposto diretamente ao sol, mas é preciso usar o produto nas áreas que ficam descobertas durante o dia”, diz a médica.

Proteção

Enquanto que na praia, piscina ou outros lugares de maior exposição aos raios solares existe a necessidade de reaplicar o protetor a cada duas horas, no dia a dia esse cuidado pode ser mais espaçado. “Pode-se usar pelo menos uma vez pela manhã e outra no início da tarde, nas áreas que não ficam protegidas pelas roupas”, detalha.

Os cuidados devem se intensificar nos horários entre 9h e 15h. “Mas é importante estar protegido nos outros horários também, inclusive nas primeiras horas do dia, porque a exposição nesses horários também pode causar o fotoenvelhecimento”, ressalta.

Outro cuidado é ficar atento a sinais e manchas na pele. “As lesões podem ser confundidas com sinais e até mesmo espinhas. Por isso, é preciso ficar atento a pequenos sangramentos e a manchas com formatos irregulares e cores variadas”, afirma. A médica ressalta que nem todo sinal ou mancha pode virar um câncer. “Existe um medo muito grande com relação a isso. Por esse motivo, em caso de dúvida, o melhor é procurar um profissional”, afirma.

Apesar do índice de mortalidade ser baixo nesses casos, a médica enfatiza que existe a necessidade de se fazer um diagnóstico precoce. “Ele pode não levar a morte, mas pode causar mutilações, porque existe a necessidade da retirada de uma grande área atingida”, destaca.

Serviço:

Tipos

O câncer de pele pode ser classificado de duas formas: câncer de pele melanoma, aquele que tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos; e o câncer de pele não melanoma, mais frequente no Brasil, responsável por 30% dos casos de tumores malignos registrados no país.

DIA D

Em todo o Brasil, durante o Dia D da campanha, cerca de 4 mil dermatologistas atenderam a mais de 30 mil pessoas. Em Belém, durante o evento em alusão ao Dezembro Laranja promovido pela SBD, cerca de 700 pessoas foram atendidas por dermatologistas em dois pontos. “Em um dos pontos foram identificados 70 casos da doença e no outro cerca de 60, alguns deles eram grandes lesões, já bastante evoluídas e em pessoas que nunca tinham se consultado com um dermatologista. A grande maioria foi de tumores de pele não melanoma”, diz Deborah Unger.

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