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INVESTIGAÇÃO

Porteiro que teria negado atendimento à grávida depõe no Ministério Público

O porteiro apontado pelo Hospital da Ordem Terceira como responsável de ter informado a jovem Tainara Cristina Rocha dos Santos, 21, que não havia leitos disponíveis para o atendimento momentos antes de ela dar à luz em uma calçada próxima ao estabelecime

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Imagem ilustrativa da notícia Porteiro que teria negado atendimento à grávida depõe no Ministério Público camera O funcionário foi interrogado. | Reprodução

O porteiro apontado pelo Hospital da Ordem Terceira como responsável de ter informado a jovem Tainara Cristina Rocha dos Santos, 21, que não havia leitos disponíveis para o atendimento momentos antes de ela dar à luz em uma calçada próxima ao estabelecimento compareceu à sede do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), ontem de manhã, para depor.

Acompanhado de advogados, o funcionário do hospital foi ouvido pela 3ª promotora de Justiça dos Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos Humanos, Fabia de Melo Fournier, que apura o caso de negligência.

ROTINA

Segundo a promotora, assim como em outros depoimentos colhidos, o ministério público procurou inicialmente conhecer a rotina de trabalho do funcionário para depois ouvir os relatos dos fatos que ocorreram na noite do último dia 17. “O que ele nos trouxe hoje foi exatamente as orientações de como é sua atividade na portaria, de que forma ele atuou naquela noite e porque agiu já despachando a paciente ali da porta”, disse.

Na próxima semana, o MPPA deve ouvir mais seis pessoas envolvidas no caso para em seguida dar direcionamento de forma mais concreta na sua atuação. “Ainda iremos ouvir a equipe técnica de enfermagem, enfermeiros e a avó do bebê”, adiantou Fabia.

O advogado de defesa do porteiro, Manfredo Lamberg, que acompanhou as declarações do seu cliente, disse que não poderia entrar nas especificidades do depoimento, mas admitiu que houve sim uma irresponsabilidade. “Essa irresponsabilidade precisa ser apurada e estamos aqui para prevenir qualquer espécie de ilegalidade e assegurar o devido processo legal, no sentido da apuração desse inquérito e do processo investigativo do Ministério Público”, afirmou.

Além do MPPA, o caso também é investigado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). O Hospital da Ordem Terceira também apura o corrido através de uma auditoria interna.

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