Pessoas que passam muitas horas conectadas à internet, utilizando sobretudo dispositivos como smartphones e tablets, podem apresentar, em algum momento da vida, problemas oculares relacionados ao uso excessivo dessas tecnologias. Isso ocorre em virtude da excessiva exposição dos olhos à radiação da chamada luz azul, transmitida pelas telas dos aparelhos.
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Dores de cabeça, irritação ou ardência nos olhos, olhos vermelhos e secos podem ser sintomas de um malefício ocasionado pelo uso prolongado dos aparelhos, denominado de astenopia ou cansaço visual. A prática pode causar ainda uma indução de ametropia, ou seja, a necessidade de utilização de óculos de grau, principalmente pelo surgimento de uma miopia. Além do surgimento de lesões na retina ocular. “Vem sendo observado a nível mundial um aumento da incidência de miopia nas crianças, de uma maneira geral”, ressaltou o oftalmologista Fabrício Rendeiro, ao falar que as crianças são as mais prejudicadas pela radiação emitida pelos eletrônicos.
A única forma de evitar que isso aconteça é controlar o tempo de exposição dos pequenos, sendo uma medida importante também para jovens e adultos, conforme pontuou o médico. “Controlando-se tempo de uso e respeitando pausas, não haveria malefícios muito grandes. Precisamos ter em mente que esse controle do uso é fundamental. Além disso, a radiação ultravioleta emitida por estes dispositivos podem levar a danos oculares”, alertou o especialista.
Hábito
Na casa da bancária Ana Cidon, 39 anos, o uso de celulares é algo que faz parte da rotina da família. Mãe de dois filhos, sendo os estudantes Eduarda Cidon, 18, e Enzo Cidon, 9, ela diz que impõe algumas regras e controla o uso dos aparelhos com o filho mais novo – que ainda não tem celular, somente um tablet. Por outro lado, Ana confessa ser mais difícil controlar as horas que a filha mais velha passa conectada. Apesar disso, a família não sofre com problemas na visão, embora a mãe perceba que o uso excessivo prejudica.
“O Enzo acessa todos os dias. Mas tem que primeiro cumprir as obrigações dele. Só faço algum tipo de intervenção quando passa do limite. Ele é obediente”, observou a mãe. “Eu também fico muito tempo no celular e WhatsApp, porque sou empreendedora e a maioria dos contatos é pelo celular. Sinto a visão bastante cansada. Quando a luz tá apagada, diminuo o brilho e tento maneirar”, completou Ana.
Morador do município de Primavera, nordeste paraense, o mecânico e montador Antônio Fredson da Silva, 38, tem um casal de filhos gêmeos, Ester Alves da Silva e Arthur Alves da Silva, 12 anos. O pai garante que controla o tempo e até o que os filhos veem na internet. “Deixo eles usarem o meu, porque eles não têm, me preocupo. Quando a gente pega o telefone, as ferramentas são tão úteis que esquecemos dessa questão da saúde dos olhos”. “Eles ficam no máximo uma hora e meia. Não acho apropriado dar celular para a criança, porque assim como tem coisas boas, tem as ruins. A não ser quando eles estiverem de maior”, acrescentou Antônio.
Uso do celular
- A única forma de prevenir é controlando o tempo de uso dos aparelhos. O oftalmologista Fabrício Rendeiro explica que o ideal seria que essa exposição não somasse mais que uma ou duas horas/dia, com pausas de cinco minutos a cada hora.
- Uma dica do especialista é estimular as crianças a realizar atividades ao ar livre, a fim de evitar os problemas já mencionados, além de promover outros benefícios à saúde e ao desenvolvimento de modo geral.
- Utilizar lentes com filtro ultravioleta, prescritas por um oftalmologista é uma outra opção. E, por fim, é importante consultar um oftalmologista.
Fonte: oftalmologista Fabrício Rendeiro.
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