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Pará registrou 4,6 mil mortes violentas em 2018 no governo Jatene

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou os dados sobre mortes violentas no Brasil no ano de 2018. No ano passado, na Região Norte, incluindo o Pará, a taxa de mortes violentas intencionais subiu, em uma tendência contrária ao que ocorreu na média

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Imagem ilustrativa da notícia Pará registrou 4,6 mil mortes violentas em 2018 no governo Jatene camera As mortes chegaram a 230,9 para cada 100 mil habitantes, muito acima do indicado pela OMS. | Wagner Almeida

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou os dados sobre mortes violentas no Brasil no ano de 2018. No ano passado, na Região Norte, incluindo o Pará, a taxa de mortes violentas intencionais subiu, em uma tendência contrária ao que ocorreu na média brasileira, que teve redução de 10,4% nos registros quando comparados ao ano de 2017. No Estado, foram registradas 4.527 mortes violentas em 2017, contra 4.649 em 2018, um aumento de 0,9%.

O resultado vai na contramão do restante do país, onde outros estados registraram grandes quedas, como em Pernambuco, cuja redução foi de 23,3%, ou Alagoas (-19,8%), Espírito Santo (-19,6%), Rio Grande do Norte (-17,6%). Considerando a proporção de mortes decorrentes de intervenções policiais em relação às Mortes Violentas Intencionais (MVI) o Pará está no mesmo grupo de estados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. O que mais influenciou no aumento de 0,9%, foram as mortes decorrentes de intervenções policiais (em serviço e fora de serviço), que passou de 382 em 2017 para 672 em 2018.

Considerando a média histórica Mortes Violentas Intencionais, segundo mostra o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Pará perdeu o controle da violência a partir de 2011, quando foram registradas 1.269 mortes violentas intencionais, com taxa de 16,5 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes chegando ao absurdo índice de 230,9 mortes por cada 100 mil habitantes em 2018. Isso representa até 2.300 vezes acima do nível admissível, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera algo além de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes uma epidemia.

FONTE: SECRETARIAS ESTADUAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA E/OU DEFESA SOCIAL; INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE); FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA.
📷 FONTE: SECRETARIAS ESTADUAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA E/OU DEFESA SOCIAL; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE); FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. |

QUEDA

Uma novidade no Anuário confirma o que foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup): a redução da violência e dos crimes no Pará já nos primeiros meses de 2019. O estudo utilizou séries históricas mensais disponibilizadas pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp), por Estado, entre 2015 e 2019, cuja fonte primária é o boletim de ocorrência das polícias estaduais.

Como o ano de 2019 está incompleto, foram comparados períodos iguais, com dados do primeiro trimestre de cada ano com base em números de homicídios dolosos. No quadro apresentado pelo Anuário 2019 é possível notar a queda de 21,6% neste tipo de ocorrência no Estado do Pará, quando comparados dados de 2015, 2016, 2017 e 2018 com o mesmo período de 2019, já sob a gestão do governador Helder Barbalho. Em 2018, o trimestre registrou 900 homicídios dolosos. Já nos três primeiros meses de 2019 os crimes desta natureza caem para 706.

Outra análise feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, considerando já dados de 2019 é com relação ao número de roubo de veículos no Estado. Foram 2.069 ocorrências de janeiro a março de 2018. Esse tipo de delito registrou queda de 55%, passando para 922 este ano, a segunda menor taxa no País.

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