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SEGURANÇA PÚBLICA

Helder consegue com Moro a transferência de membros de facções envolvidos em confronto em presídio

O Estado trabalha para identificar os líderes das duas facções criminosas envolvidas no confronto que resultou na morte de 55 presos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, ocorrido na manhã desta segunda-feira (29). Ficou definido, em tratativa do

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Imagem ilustrativa da notícia Helder consegue com Moro a transferência de membros de facções envolvidos em confronto em presídio camera Divulgação

O Estado trabalha para identificar os líderes das duas facções criminosas envolvidas no confronto que resultou na morte de 55 presos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, ocorrido na manhã desta segunda-feira (29). Ficou definido, em tratativa do governador Helder Barbalho com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que os responsáveis serão transferidos para presídios federais. Dez vagas estão destinadas para receber os criminosos.

Massacre em presídio de Altamira é o 2º grande motim do ano no país

Representantes dos órgãos de segurança pública do Pará seguiram para Altamira, no sudoeste do Pará, no início desta tarde, para acompanhar de perto as investigações. A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) confirmou que os crimes foram resultado de um confronto entre duas facções criminosas que disputam território dentro da unidade prisional, Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho (CV).

Os líderes do CCA colocaram fogo em uma cela que pertence a um dos pavilhões do presídio, onde ficavam integrantes do CV. De acordo com o superintendente da Susipe, Jarbas Vasconcelos, devido à unidade ser mais antiga, construída de forma adaptada a partir de um contêiner, com alvenaria, o fogo se alastrou rapidamente e alguns dos internos morreram por asfixia. Nenhum servidor do órgão foi morto.

"Foi um ato dirigido. Os presos chegaram a fazer dois agentes reféns, mas logo foram libertados, porque o objetivo era mostrar que se tratava de um acerto de contas entre as duas facções, e não um protesto ou rebelião dirigido ao sistema prisional", afirmou Jarbas Vasconcelos. Não foram encontradas armas de fogo, apenas estoques – facas improvisadas com material precário.

Ainda de acordo com a Susipe, nenhum relatório da inteligência do órgão reportou o ataque e que brigas entre facções ocorrem no sistema prisional, por isso, presos são transferidos diariamente. "Temos protocolos para a maioria dos casos, mas neste específico, não tínhamos informações sobre um ataque dessa magnitude", destacou.

Seguiram com o superintendente da Susipe para o município o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado; o comandante geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior; e o delegado geral de Polícia Civil, Alberto Teixeira.

Presídio – Em Altamira, o Centro de Recuperação Regional abriga 311 presos. "Não há superlotação carcerária na unidade, mas estamos aguardando a entrega de uma nova prisão pela Norte Energia, que deve ficar pronta até dezembro. Os contêineres não são improvisados, existem há algum tempo, mas com a entrega do noxo complexo como compensação ambiental da empresa, teremos capacidade para 306 internos e ainda uma unidade feminina. Esperamos, assim, ter um espaço mais seguro e moderno na região da Transamazônica", pontuou.

Em agosto, 485 novos agentes prisionais serão nomeados pela Susipe, os primeiros concursados da história do órgão. Os novos servidores poderão portar armas, o que Jarbas acredita que será uma importante mudança no panorama da gestão dos presídios do Estado do Pará.

Confronto – O incidente aconteceu no início da manhã, por volta de 7h, na hora da destranca. A ação e o fogo foram contidos logo cedo e os envolvidos estão no pátio da unidade prisional. Entre os mortos, 16 presos foram encontrados decapitados. Dos asfixiados, ainda não foi possível remover todos os corpos devido à unidade ser parte de um contêiner, ou seja, as dependências ainda estão quentes por conta do incêndio causado pelos internos.

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