Em mais uma noite marcada pela força imprevisível da natureza, a costa leste do Japão voltou a entrar em estado de atenção. Autoridades meteorológicas emitiram um alerta de tsunami após um terremoto de magnitude 7,6 atingir o país na noite desta segunda-feira (8), reacendendo memórias de tragédias sísmicas que fazem parte da história japonesa.
De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA), o tremor ocorreu por volta das 23h15 no horário local (11h15 em Brasília), a aproximadamente 70 km da costa e a uma profundidade de cerca de 53 km, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
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A JMA informou que ondas de até três metros de altura podem alcançar áreas do litoral, especialmente nas províncias de Iwate, Aomori e partes de Hokkaido. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC) também destacou que há risco de ondas em um raio de até 1.000 km do epicentro, incluindo trechos costeiros do Japão e da Rússia.
Antes da meia-noite, ondas de 40 centímetros já haviam sido observadas nos portos de Mutsu Ogawara (Aomori) e Urakawa (Hokkaido).
A intensidade do abalo também gerou impactos imediatos na infraestrutura. A East Japan Railway suspendeu parte dos serviços ferroviários na região — a mesma que sofreu os efeitos devastadores do terremoto de magnitude 9,0 em março de 2011, que desencadeou o desastre de Fukushima.
Situado no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, um dos trechos mais instáveis geologicamente no planeta, o Japão registra pelo menos um tremor a cada cinco minutos. O país responde por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude 6,0 ou superior no mundo, um dado que reforça sua vulnerabilidade e a constante necessidade de vigilância.
As autoridades seguem monitorando a atividade sísmica e pedem que a população das áreas costeiras permaneça alerta enquanto o risco de tsunami não for descartado.
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