Em uma pequena cidade na região de Mântua, na Itália, um episódio que parecia saído de um roteiro de cinema policial acabou chocando moradores e autoridades. O que inicialmente parecia apenas uma tentativa incomum de renovação de documento se transformou em um caso complexo, envolvendo fraude previdenciária, falsa identidade e a descoberta de um corpo mantido em casa por meses.
O protagonista do caso é um homem de 57 anos que, segundo a polícia, decidiu se passar pela própria mãe, morta desde 2022, para manter o recebimento da pensão da idosa. Para isso, ele recorreu a maquiagem pesada, peruca, roupas da falecida e até trejeitos que lembravam a mulher. Na Itália, a renovação de alguns documentos exige comparecimento presencial, e foi justamente nesse momento que o plano começou a ruir.
Conteúdo Relacionado
- Operação da Polícia Federal combate fraude no INSS em 14 estados
- 50 das 300 crianças sequestradas na Nigéria fugiram do cativeiro
O funcionário que analisava o pedido percebeu inconsistências que iam além do comportamento estranho da “senhora”. Pelos escuros na nuca, no queixo e nas mãos despertaram desconfiança imediata. A suposta dona dos documentos foi então convocada novamente ao órgão municipal, mas a situação não se sustentou por muito tempo.
A polícia, acionada após as suspeitas, foi até a residência da idosa. Lá, encontrou uma cena ainda mais perturbadora: o corpo mumificado da mulher estava escondido no armário da lavanderia, envolto em sacos de dormir.
Investigadores acreditam que o homem, ex-enfermeiro e atualmente desempregado, tenha utilizado instrumentos e técnicas rudimentares para retardar a decomposição, o que será confirmado por autópsia solicitada pelas autoridades.
O suspeito agora responde a acusações de ocultação de cadáver, fraude contra o Estado, falsificação de documentos e falsa identidade. Ele permanece preso enquanto promotores aguardam laudos oficiais para avançar no processo.
Casos como esse, apesar de chocantes, não são inéditos na Itália. Estatísticas da Guardia di Finanza, a polícia financeira nacional, registram dezenas de prisões anuais por golpes semelhantes, geralmente envolvendo pensões de idosos falecidos.
Quer saber mais de mundo? Acesse o nosso canal no WhatsApp
Devido à falta de sincronização entre registros de óbito e bases de dados públicas, pagamentos podem continuar por anos até que a morte seja formalmente registrada, espaço suficiente para criminosos explorarem o sistema.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar