Há ocasiões públicas em que o clima previsto de celebração se transforma, de repente, em um teste de sensibilidade política. Em cerimônias que deveriam exaltar integração e diversidade, qualquer palavra mal calibrada pode acender reações imediatas - e, às vezes, silenciosas, porém eloquentes. Foi exatamente o que se viu em Berlim, quando a discussão sobre migração e "paisagem urbana" acabou ocupando mais espaço do que a própria festividade.
O chanceler alemão Friedrich Merz viveu um momento embaraçoso ao perceber que dezenas de convidados - a maioria estudantes universitários - deixavam o auditório antes de seu discurso. O gesto coletivo de retirada foi interpretado como um protesto direto às declarações recentes do político, que voltou a falar sobre "um problema na paisagem urbana", crítica já associada à presença de migrantes nas cidades.
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POLÊMICA ENVOLVENDO A COP30 EM BELÉM
A situação ganhou ainda mais peso porque Merz já vinha enfrentando repercussão negativa ao longo da semana. Durante a COP30, em Belém, seus comentários sobre estar "feliz" por deixar a cidade brasileira provocaram reação imediata de autoridades políticas do Brasil, que consideraram a fala desrespeitosa.
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Mesmo diante das cadeiras vazias e do evidente constrangimento, o premiê manteve seu discurso por cerca de 20 minutos. Abordou imigração, inclusão e a necessidade de um novo pacto social - temas que, ironicamente, fazem parte do propósito do próprio prêmio entregue naquela noite.
VEJA O VÍDEO:
Merz ist ein Hetzer und Spalter – das wird ihm bei der Talisman Preisverleihung der Deutschlandstiftung Integration klar gemacht.
— Demokratie verteidigen @demokratie-v.bsky.social (@DemokratieV) November 19, 2025
Die Hälfte geht, weil er nicht für den Zusammenhalt der Gesellschaft steht. pic.twitter.com/ZmTKx02jpA
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