Objeto interestelar muda de rota e reabre debate sobre alienígenas

No silêncio gelado do espaço profundo, há viajantes que parecem desafiar nossas expectativas. Um deles, chamado 3I/ATLAS, segue seu percurso entre as estrelas, deixando rastros que intrigam até os cientistas mais experientes, e levantando questões que vão muito além de simples fenômenos naturais.

O objeto interestelar 3I/ATLAS voltou a chamar atenção após exibir uma mudança inédita em sua cauda, reacendendo discussões sobre a possibilidade de uma origem artificial, ou "tecnoassinatura". Observações recentes do Telescópio Óptico Nórdico, nas Ilhas Canárias, revelaram que entre julho e agosto de 2025 o corpo celeste apresentava uma "anticauda", um jato de material apontado em direção ao Sol, que em setembro se converteu numa cauda convencional, afastando-se da estrela.

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PROCESSO NATURAL OU MANOBRA PLANEJADA?

Enquanto especialistas apontam que essa transição pode ser explicada por processos naturais, como a sublimação do gelo na superfície do objeto, algumas teorias mais ousadas começaram a ganhar destaque. Adam Hibberd, engenheiro e cientista voluntário da ONG britânica Initiative for Interstellar Studies, comentou:

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"A transição da anticauda para a cauda normal pode representar uma manobra deliberada de frenagem." Segundo ele, caso essa interpretação seja confirmada, o fenômeno seria compatível com uma nave alienígena tentando reduzir a velocidade ao se aproximar do Sol.

APROXIMAÇÃO DA TERRA

O astrofísico da Universidade de Havard, Avi Loeb, conhecido por defender a hipótese de origem artificial de alguns corpos celestes, sugeriu que o 3I/ATLAS poderia ter a intenção de ser capturado pela gravidade solar, estabelecendo-se numa órbita estável entre Marte e Júpiter.

A comunidade científica considera que as próximas observações serão determinantes, especialmente durante o periélio e a aproximação do objeto à Terra, prevista para 19 de dezembro de 2025.