
No terceiro ano da guerra, o conflito entre os países Rússia e Ucrânia voltou a ganhar intensidade, neste domingo (7), com um ataque aéreo de grandes proporções que colocou Kiev sob tensão por mais de 11 horas.
Autoridades ucranianas classificaram a ofensiva como a maior desde o início da invasão em 2022, destacando o uso de centenas de drones e mísseis que devastaram bairros residenciais e até atingiram um edifício central do governo.
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De acordo com balanço preliminar, pelo menos duas pessoas morreram, uma mãe e seu bebê de apenas três meses, enquanto dezenas de famílias foram obrigadas a deixar suas casas devido a incêndios e desabamentos causados pelos destroços.
Alerta na capital
A capital ucraniana viveu uma madrugada de explosões e sirenes. Segundo o porta-voz da Força Aérea, Yuriy Ihnat, das mais de 800 aeronaves não tripuladas lançadas, 747 foram abatidas. Ainda assim, 56 drones conseguiram atingir alvos, além de nove impactos de mísseis em diferentes localidades.
Pela primeira vez, o Gabinete de Ministros, que concentra escritórios de alto escalão, sofreu danos. O episódio marcou uma escalada simbólica, já que Moscou até então evitava atacar prédios de uso administrativo em Kiev.
Reações de Kiev
O presidente Volodymyr Zelensky classificou o ataque como um “crime deliberado” e reforçou o pedido urgente de sistemas de defesa aérea adicionais aos aliados. Ele, inclusive, usou o X (antigo Twitter), para denunciar e mostrar os estragos causados pelo ataque.
“Esses assassinatos agora, quando a diplomacia real já poderia ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra”, postou Zelensky.
Veja postagem:
Since last night, work has been ongoing to eliminate the consequences of Russian strikes – more than 800 drones, 13 missiles, including 4 ballistic. According to preliminary information, several drones crossed the border of Ukraine and Belarus.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 7, 2025
In Kyiv, ordinary residential… pic.twitter.com/CefQOopLtD
A primeira-ministra Yulia Svyrydenko foi na mesma linha do presidente ucraniano. “Reconstruiremos prédios, mas vidas não podem ser recuperadas. O mundo precisa responder não apenas com palavras, mas com ações”, afirmou ela.
Moscou justifica ofensiva
Do lado russo, o Ministério da Defesa afirmou que os bombardeios tiveram como alvo depósitos de armas, drones, arsenais e locais de concentração de soldados ucranianos e combatentes estrangeiros.
Para analistas, no entanto, a inclusão de prédios do governo ucraniano no ataque reforça a percepção de que o Kremlin está disposto a aumentar a pressão militar em meio à falta de avanços nas tentativas de cessar-fogo.
Diplomacia travada
Enquanto o presidente russo Vladimir Putin se diz aberto a um encontro com Zelensky apenas em Moscou e sob suas condições, a Ucrânia rejeita a proposta, considerando-a uma manobra política.
Já os Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, cobram maior clareza de Moscou e sinalizam novas garantias de segurança a Kiev, embora evitem por ora sanções mais pesadas.
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No cenário atual, a guerra parece longe de um desfecho diplomático. O ataque de domingo, ao atingir não apenas alvos militares, mas também civis e edifícios administrativos, reforça o clima de impasse e o risco de novas escaladas no front europeu.
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