
Uma píton de quase cinco metros de comprimento foi encontrada abandonada em uma caçamba de lixo no centro de Los Angeles. O animal estava debilitado e com a boca visivelmente inchada por uma infecção grave. Ele foi salvo pelo especialista em répteis Joseph Hart, de 24 anos de idade, fundador da organização Reptile Hunter, após autoridades se recusarem a ajudar. O caso chamou a atenção dentro e fora da cidade americana por evidenciar gravidade dos maus-tratos a animais exóticos e a importância de organizações especializadas em resgates.
Teresa Sanchez, moradora do prédio, foi a primeira a notar o animal. Inicialmente, ela confundiu a serpente com um brinquedo ou peça de taxidermia. A píton estava dentro de um recipiente plástico, debilitado e com sinais claros de infecção na boca, conhecida como “mouth rot”, condição comum entre serpentes mantidas inadequadamente.
“Quando me aproximei, percebi que o animal estava vivo e precisava de ajuda urgente”, relatou a moradora, que se preocupou com a segurança das crianças, animais domésticos e da própria serpente.
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Após a descoberta, Sanchez e uma vizinha contataram diversos órgãos de controle animal e a polícia local, mas foram surpreendidas com a recusa em socorrer a píton. Em alguns casos, foi informado que o animal seria sacrificado. Diante da situação, as moradoras decidiram recorrer a especialistas independentes, entrando em contato com Joseph Hart. “Este definitivamente era o animal de estimação de alguém, o que torna a história ainda mais trágica”, declarou Hart a imprensa local.
Joseph Hart é fundador do Reptile Hunter, uma organização dedicada à educação sobre vida selvagem e à reabilitação de répteis. A instituição promove apresentações educativas, mentorias e oportunidades de voluntariado, além de conscientizar o público sobre a importância da conservação da fauna e do cuidado adequado com animais exóticos.
Quando chegou ao local, Hart entrou na caçamba, retirou cuidadosamente a serpente e a levou imediatamente para tratamento veterinário. Lá, a fêmea recebeu o nome de Apples e iniciou um processo de recuperação com medicamentos e cuidados específicos para o porte e condição que se encontrava.
Recuperação e conscientização
Nas redes sociais, Hart comentou sobre o caso. “É extremamente revoltante, pois se trata de um caso claro de maus-tratos e crueldade contra animais. Apples apresenta uma grave infecção na boca, condição relativamente comum entre cobras mantidas inadequadamente no comércio de pets”, disse.
O especialista também demonstrou empatia pelo antigo proprietário do animal. “Parte o meu coração pensar que o dono anterior provavelmente se sentiu sobrecarregado com a ideia de tratar a condição médica, já que contas veterinárias podem ser muito caras. Porém, abandonar ou descartar o animal nunca é solução”, compartilhou.
Em uma atualização recente feita no dia 13 de agosto, Hart compartilhou boas notícias sobre a condição da serpente. “Mantemos os cuidados de limpeza e medicação da píton! Em apenas uma semana, ela já está muito melhor! Estou extremamente orgulhoso dessa cobra! Sinto que ela percebe todo o carinho de todos e isso a mantém forte”, disse.
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O problema do abandono de animais exóticos
O caso de Apples é um exemplo de um problema crescente em grandes cidades americanas: o abandono de animais exóticos por donos despreparados ou incapazes de arcar com os custos de manutenção e cuidados veterinários. A condição de “mouth rot” é relativamente comum entre serpentes mantidas inadequadamente no comércio de animais de estimação.
Hart reforçou a importância de buscar ajuda especializada antes de tomar decisões drásticas. “Tenho muita honra de ter tido a oportunidade de dar a Apples uma segunda chance. Ela é forte, linda e, posso garantir, tem vontade de viver”, concluiu o especialista.
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