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GUERRA

Brasileiros são recrutados pela Ucrânia para combater a Rússia

A prática, que ocorre principalmente por meio de redes sociais, envolve promessas de facilitação de documentos, apoio logístico e até treinamento militar

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Imagem ilustrativa da notícia Brasileiros são recrutados pela Ucrânia para combater a Rússia camera Anúncio de recrutamentos de brasileiros | Reprodução

O que começou com uma mensagem recebida em uma rede social terminou em silêncio, dor e incerteza. Jovens brasileiros, atraídos por promessas de suporte, documentação facilitada e até treinamento militar, estão sendo alistados de forma não oficial para lutar na guerra entre Ucrânia e Rússia, e alguns não voltam para casa.

Um dos casos mais recentes é o de Gabriel Pereira, de 21 anos, natural de Minas Gerais. Ele teria sido recrutado por meio da internet, arcado com os próprios custos da viagem e embarcado com a esperança de servir como voluntário nas forças ucranianas.

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A última vez que a família teve contato com ele foi no dia 3 de julho. Duas semanas depois, colegas que retornaram ao Brasil confirmaram sua morte durante um confronto próximo à fronteira russa.

Promessas vazias, destino trágico

O chamado “tour mais perigoso da Europa”, como alguns anúncios apelidam a guerra, vem sendo promovido por meio de páginas e perfis em redes sociais. Jovens interessados são orientados a manter a viagem em segredo e, muitas vezes, chegam ao front sem qualquer preparação. O suposto treinamento militar prometido raramente acontece.

Além de Gabriel, outro brasileiro, Gustavo Viana Lemos, de 31 anos, ex-militar da Marinha, também estaria entre os mortos. A família aguarda confirmação oficial.

O Itamaraty já contabiliza pelo menos nove brasileiros mortos em território ucraniano e 17 ainda considerados desaparecidos. Em todos os casos, há dificuldades no reconhecimento dos corpos, repatriação e assistência aos familiares. Muitos voluntários têm seus passaportes recolhidos ao chegar, o que torna ainda mais difícil a identificação após a morte.

Do ônibus para a guerra

Gabriel trabalhava como cobrador em Belo Horizonte. Vendeu o que pôde, reuniu cerca de R$ 3 mil e seguiu para a Europa, entrando na Ucrânia por meio da Polônia.

A família conta que ele assinou um contrato prometendo o traslado do corpo em caso de morte, o que, até agora, não aconteceu. A Ucrânia ainda não reconheceu oficialmente seu falecimento.

“Diziam que eles iam treinar primeiro, mas já mandavam direto para as linhas de frente”, relata o irmão, João Victor.

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Enquanto os anúncios continuam circulando na internet, mais famílias vivem a angústia de não saber se seus filhos ainda estão vivos, ou se serão apenas mais um nome nas listas divulgadas por perfis militares anônimos.

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