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ECONOMIA INTERNACIONAL

Açaí pode virar item de luxo nos EUA com nova tarifa de Trump

Taxação de 50% imposta pelo presidente entra em vigor em agosto e ameaça exportações brasileiras da fruta amazônica

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Imagem ilustrativa da notícia Açaí pode virar item de luxo nos EUA com nova tarifa de Trump camera (Pedro Guerreiro/ Ag.Pará)

Tigelas e smoothies gelados de açaí já viraram parte do cardápio cotidiano de muitos americanos, porém isso pode mudar em breve. A partir de 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo governo de Donald Trump, pode transformar o açaí em um item de luxo nas prateleiras dos Estados Unidos.

A medida afeta diretamente um dos principais mercados do açaí brasileiro, já que praticamente toda a polpa consumida nos EUA, assim como na Europa e Ásia, vem do Brasil. Caso não haja um acordo comercial entre os dois países, o impacto será sentido tanto por consumidores americanos quanto pelas empresas do setor.

"As pessoas já reclamam um pouco do preço. Se ficar mais caro, acho que vai virar algo mais de luxo", afirmou Ashley Ibarra, gerente da loja Playa Bowls em Manhattan, uma rede com cerca de 300 unidades nos EUA, para um portal de notícias. Nos Estados Unidos, uma tigela com coberturas como banana e granola chega a custar US$ 18, o que equivale cerca de R$ 100. Já na concorrente Oakberry, maior rede de açaí do mundo, a porção menor custa em média US$ 13, cerca de R$ 72.

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📷 Setor teme queda nas vendas e consumidores preveem aumento de preços do produto. |Freepik

Exportações em risco

A expansão do açaí brasileiro nos últimos anos foi significativa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e dos governos do Pará e Amazonas, a produção saltou de 150 mil toneladas há uma década para quase 2 milhões de toneladas em 2024.

O Pará continua liderando como principal estado produtor, e os EUA aparece como o maior destino das exportações, seguidos por Europa e Japão. Mas esse crescimento agora corre risco. Nazareno Alves da Silva, presidente da Associação de Produtores de Açaí do Amazonas, afirma que ainda não há uma estratégia definida para absorver o impacto da nova tarifa.

"No momento, ainda não sabemos como fazer. Os números não fecham", disse Nazareno. Para ele, o cenário mais provável é a redução das vendas aos EUA e a busca por novos mercados. A dificuldade, segundo ele, está no alto custo que deve recair sobre os importadores norte-americanos e na impossibilidade de os produtores brasileiros reduzirem os preços para compensar a taxa.

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Além disso, o Brasil também é um dos principais fornecedores de outros produtos amplamente consumidos nos EUA, como café, suco de laranja e carne bovina. Ou seja, mesmo quem nunca provou uma tigela de açaí pode sentir os efeitos da política tarifária de Trump nas prateleiras americanas a partir de agosto.

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