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AOS 78 ANOS

Morre Clarck Olofsson, criminoso que originou a Síndrome de Estolcomo

Clark Olofsson, famoso por seu papel no assalto que originou a Síndrome de Estocolmo, faleceu aos 78 anos. Entenda seu impacto na história criminal.

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Imagem ilustrativa da notícia Morre Clarck Olofsson, criminoso que originou a Síndrome de Estolcomo camera Clark Olofsson esteve envolvido em um dos assaltos a banco mais conhecidos do mundo. | (Reprodução/X)

Um assalto a banco foi responsável por cunhar um termo até hoje estudado na psicologia mundial. E seu principal personagem viveu grande parte de sua vida preso.

O sueco Clark Olofsson, conhecido por seu envolvimento no assalto a banco que originou o conceito da Síndrome de Estocolmo, morreu nesta quinta-feira (26), aos 78 anos. A morte foi confirmada por familiares à imprensa local e ocorreu em um hospital da Suécia.

Olofsson ganhou notoriedade internacional em 1973, quando participou de um dos sequestros mais emblemáticos da história criminal moderna. Em 23 de agosto daquele ano, um assalto a uma agência bancária no centro de Estocolmo se estendeu por seis dias e resultou na retenção de diversos reféns. O caso ficou mundialmente conhecido não apenas pela longa duração e tensão do episódio, mas também pelo surgimento de um fenômeno psicológico debatido por especialistas até hoje.

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O crime que entrou para a história

Tudo começou quando o assaltante Jan-Erik Olsson invadiu armado o banco Kreditbanken, gritando: “Todos no chão, a festa começa agora!”. Sob o efeito de drogas e armado com uma submetralhadora, Olsson fez quatro funcionários — três mulheres e um homem — de reféns. Durante a negociação, exigiu três milhões de coroas suecas e a presença de Clark Olofsson, um dos criminosos mais conhecidos do país, que cumpria pena por uma série de delitos.

Surpreendentemente, o governo cedeu às exigências, e Olofsson foi levado até o banco. Com sua chegada, o clima dentro da agência se transformou. Descrito como carismático e articulado, Olofsson assumiu as comunicações com a polícia e ajudou a acalmar Olsson. A refém Kristin Enmark, com 23 anos na época, passou a vê-lo como um protetor.

"Não tenho nem um pouco de medo do Clark e do outro cara, eu tenho medo da polícia. Você compreende? Eu confio completamente neles", disse ela em uma ligação com o então primeiro-ministro sueco, Olof Palme, durante o sequestro.

A situação terminou apenas no sexto dia, após a polícia invadir o prédio pelo teto e lançar gás lacrimogêneo. Os dois criminosos se renderam e os reféns foram libertados sem ferimentos graves.

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Surgimento do termo “Síndrome de Estocolmo”

O comportamento dos reféns surpreendeu as autoridades e foi analisado em tempo real pelo psiquiatra Nils Bejerot, que cunhou o termo “Síndrome de Estocolmo” para descrever o aparente vínculo emocional formado entre vítimas e sequestradores. A expressão rapidamente ganhou popularidade mundial, embora tenha sido contestada por especialistas ao longo dos anos.

"Não é um diagnóstico psiquiátrico", explicou o psiquiatra Christoffer Rahm, do Instituto Karolinska, autor de um estudo questionando a validade do conceito. Segundo ele, a ideia se baseia em interpretações muitas vezes romantizadas ou sexualizadas dos vínculos formados em situações extremas de trauma.

Kristin Enmark, cuja experiência inspirou a personagem “Kicki” na série “Clark”, da Netflix, afirmou em seu livro I Became the Stockholm Syndrome que não havia envolvimento amoroso ou sexual com Olofsson durante o sequestro. “Ele era minha chance de sobrevivência e me protegeu de ‘Janne’”, escreveu.

Vida marcada pelo crime e tentativas de reabilitação

Apesar do episódio que o eternizou na história criminal, Clark Olofsson passou a maior parte da vida adulta na prisão, condenado por crimes que incluíam tentativa de homicídio, roubo, agressão e tráfico de drogas. Em 1979, mesmo detido, iniciou os estudos em jornalismo na Universidade de Estocolmo e estagiou no jornal Arbetaren. Concluiu a formação em 1983, mas reincidiu no crime.

A última vez em que foi preso foi na Bélgica, por envolvimento em um grande caso de tráfico de drogas. Após cumprir pena, foi libertado em 2018.

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