
A China anunciou nesta quinta-feira (15) uma mudança significativa em sua política de imigração que beneficia cidadãos de cinco países sul-americanos e estimula o turismo e intercâmbio.
A partir de 1º de junho, brasileiros, argentinos, chilenos, peruanos e uruguaios poderão entrar na China sem necessidade de visto para estadias de até 30 dias. A medida, confirmada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, terá validade até 31 de maio de 2026.
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A isenção abrange viagens para turismo, negócios, visitas familiares, intercâmbios culturais e trânsito, e aplica-se aos portadores de passaporte comum.
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"O objetivo é facilitar ainda mais as trocas entre pessoas e fomentar a cooperação amistosa", destacou o porta-voz chinês. Esta iniciativa integra uma série de medidas que Pequim implementa desde 2023 para reativar o turismo e fortalecer laços internacionais após o fechamento prolongado das fronteiras durante a pandemia.
Relações diplomáticas
A mudança na política de vistos foi antecipada por Xi Jinping durante a recente cúpula ministerial entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Nos últimos anos, o governo chinês estabeleceu acordos de isenção recíproca com outros 20 Estados.
O anúncio ocorre poucos dias após o encontro entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping em Pequim, na terça-feira (13). Este foi o terceiro encontro entre os dois líderes em dois anos.
Durante a reunião, realizada no Grande Palácio do Povo, Lula enfatizou que "há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas" e que "nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentado".
O presidente brasileiro também ressaltou que "China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo".
Parceria econômica estratégica
A China atualmente ocupa a posição de principal parceiro comercial de países como Brasil, Chile e Peru, e ampliou sua presença na América Latina por meio de projetos de infraestrutura e comércio vinculados à sua iniciativa Nova Rota da Seda.
"O relacionamento entre os dois países nunca foi tão necessário" e ambos devem "avançar juntos diante dos desafios globais", afirmou Lula após o encontro com Xi Jinping.
O presidente brasileiro também se posicionou contra guerras comerciais, ao declarar que estas "não têm vencedores", "elevam os preços", "prejudicam economias" e "reduzem a renda das pessoas mais vulneráveis em todos os países".
"O presidente Xi Jinping e eu apoiamos o comércio justo com base nas regras da Organização Mundial do Comércio", concluiu Lula.
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