EUA recua e mantém tarifa para eletrônicos chineses

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (11), que produtos eletrônicos como smartphones, laptops e chips de computador não serão mais afetados pelas tarifas de importação estabelecidas anteriormente. A decisão foi publicada pela US Customs and Border Protection, órgão responsável pela alfândega norte-americana.

A isenção ocorre em meio à disputa comercial entre Estados Unidos e China, e representa uma mudança nas diretrizes tarifárias definidas pelo governo de Donald Trump. Até então, as tarifas aplicadas chegavam a 145% sobre produtos vindos da China e 10% para itens de outros países.

Itens retirados da lista de tarifas

Entre os produtos isentos da nova rodada de tributos estão:

• Smartphones
• Laptops
• Discos rígidos
• Processadores
• Chips de memória
• Máquinas utilizadas na fabricação de semicondutores

Esses itens, em sua maioria, não são produzidos em larga escala nos Estados Unidos, o que aumenta a dependência da importação, especialmente da Ásia.

Impactos para consumidores e setor de tecnologia

Segundo análise da Bloomberg, a isenção pode reduzir os preços finais de dispositivos eletrônicos vendidos nos EUA. Empresas como Apple, Samsung e outras gigantes do setor são diretamente impactadas pela medida, já que grande parte de seus componentes é fabricada fora do país.

A decisão também afeta o consumidor norte-americano, que vinha se preparando para possíveis aumentos nos preços de aparelhos eletrônicos devido ao aumento das tarifas.

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Reação da China e cenário da disputa comercial

A isenção tarifária ocorreu no mesmo dia em que a China anunciou novas taxas sobre produtos dos EUA, como resposta às tarifas impostas anteriormente. O governo chinês elevou os impostos para até 125% sobre bens norte-americanos.

Durante encontro com o primeiro-ministro da Espanha, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que "não há vencedores em uma guerra tarifária" e propôs uma aliança entre a União Europeia e a China para responder à política de tarifas dos Estados Unidos.

O Ministério do Comércio da China classificou a prática americana como “instrumento de intimidação”, argumentando que a escalada tarifária representa um impasse comercial sem benefícios reais para a economia global.

Caminhos futuros

A isenção tarifária sobre eletrônicos pode ser temporária. Fontes ligadas ao setor sugerem que os produtos removidos da lista atual podem ser incluídos em novas categorias com tarifas reduzidas, em fases futuras da política comercial.