Introdução alimentar é o processo pelo qual o bebê aprende a se alimentar de forma independente. É uma etapa importante do desenvolvimento infantil que envolve muito mais do que simplesmente colocar comida na boca da criança.
Um novo Guia Alimentar Infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS), para crianças de seis meses a dois anos de vida, foi divulgado pela instituição e traz recomendações atualizadas sobre introdução alimentar, uso de fórmulas e aborda as consequências que a alimentação pode proporcionar ao desenvolvimento infantil.
A publicação orienta quanto à introdução alimentar precoce (antes dos seis meses) e recomenda que o uso das fórmulas deve ocorrer até os 12 primeiros meses de vida, nos casos de impossibilidade de aleitamento materno. O guia reforça que o consumo de suco de fruta natural deve ser limitado.
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A nutricionista Aline Bettu explica por que não é recomendado oferecer chás ou sucos e afirma que o foco deve ser a introdução gradual de alimentos sólidos e a ingestão adequada de água. "No momento de introdução alimentar, a ingestão de água também é iniciada, pois a quantidade presente no leite não é suficiente para a hidratação do bebê. Deve-se fornecer apenas água para o bebê, pois seu estômago é pequeno e um excesso de líquido pode prejudicar a absorção do leite".
Açúcar deve ser evitado
Uma das diretrizes do novo guia elaborado pela OMS recomenda que alimentos ricos em açúcar, sal, gorduras trans, adoçantes e bebidas açucaradas devem ser evitados. Tal direcionamento também é adotado pelo Ministério da Saúde no Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, que aconselha não adoçar frutas e bebidas com nenhum tipo de açúcar e nem oferecer alimentos ricos em açúcar como bolos, biscoitos, doces e geleias nos primeiros dois anos de vida da criança.
Bettu reforça que crianças menores de dois anos têm alterações significativas no paladar com bastante facilidade, por ele ser muito sensível, o que faz alimentos com gosto extremamente acentuados terem maior preferência entre os pequenos, em detrimento de outros alimentos menos saborosos. "O leite materno é fundamental para imunidade nesse período da vida e pode se tornar menos aceito ao paladar da criança que já teve contato com açúcar na alimentação", afirma a nutricionista.
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A especialista destaca que um lanche saudável para criança deve ser equilibrado, nutritivo e atrativo para o paladar infantil e lembra que snacks saudáveis sem açúcar podem ser ofertados neste momento.
"Os snacks saudáveis têm como objetivo serem práticos para o consumo em qualquer lugar e a qualquer hora, mantendo uma qualidade nutricional e um sabor atrativo, diz Bettu, que alerta sobre a necessidade de verificar o rótulo para confirmar se é um produto saudável antes de oferecer o produto para o bebê.
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