Leptospirose é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero Leptospira, que é transmitida por animais de diferentes espécies (roedores, suínos, caninos, bovinos) para os seres humanos. Esse micro-organismo pode sobreviver nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio ambiente, por até seis meses depois de ter sido excretado pela urina.
O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada pela Leptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da pele por pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea.
Os principais sintomas da doença são: febre alta, mal-estar, dor muscular, olhos vermelhos, tosse, cansaço, náuseas, diarreia, manchas vermelhas no corpo e meningite. O período de incubação é geralmente de 5 a 14 dias. Se não tratada, pode ocorrer insuficiência renal, meningite, danos no fígado e dificuldade respiratória.
Essa semana, o Departamento de Saúde de Nova York, nos Estados Unidos, anunciou uma grande crise de infestação de ratos que está levando a cidade a registrar um aumento nos casos de leptospirose. A exposição a ambientes e materiais contaminados com a urina dos roedores tem causado cada vez mais infecções humanas.
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Somente até 10 de abril deste ano já foram registrados seis casos da doença, o dobro da média anual registrada entre 2001 e 2020.
No ano passado, a cidade registrou um total de 24 casos de leptospirose, mais do que em qualquer ano anterior. Metade dos casos foram relatados nos meses de junho e outubro, quando o clima é mais quente e úmido e foram registradas chuvas excessivas e dias anormalmente quentes em comparação com anos anteriores. Isso porque as bactérias são frágeis e podem morrer em minutos no calor seco ou em temperaturas muito baixas. Os invernos frios de Nova York provavelmente limitam a capacidade de a bactéria sobreviver no ambiente.
A transmissão da doença entre pessoas é rara. Em Nova York, os casos adquiridos localmente geralmente têm um histórico de exposição residencial ou ocupacional à urina de rato ou ambientes e materiais contaminados com urina de rato. Um exemplo é o manuseio de sacos de lixo ou lixeiras contendo resíduos de alimentos.
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Políticos nova-iorquinos tentam lidar com a proliferação dos ratos na cidade há décadas. Recentemente, autoridades têm tentado evitar a reprodução dos animais. Um projeto de lei apresentado neste mês exigirá que o departamento de saúde da cidade distribua, como parte de um programa piloto, iscas salgadas que esterilizam tanto os machos quanto as fêmeas em dois bairros. Elas seriam usadas nas chamadas zonas de mitigação de ratos, cobrindo pelo menos dez quarteirões da cidade.
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