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CRISE HUMANITÁRIA

Recém-nascidos começam a morrer de fome em gaza, diz OMS

Nos últimos dias, pelo menos 15 crianças morreram de desnutrição e desidratação no hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. A falta de ajuda humanitária, barrada por Israel, deixa o quadro cada vez mais preocupante.

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Imagem ilustrativa da notícia Recém-nascidos começam a morrer de fome em gaza, diz OMS camera O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) também enfatizou a gravidade da situação, destacando que as taxas de desnutrição entre crianças menores de cinco anos na região atingiram níveis alarmantes | Reprodução/X

Crianças e até mesmo recém nascidos morrendo de fome: é essa a realidade de crise humanitária sobretudo no norte da Faixa de Gaza, área mais atingida no conflito entre Israel e Hamas. Sem culpa do conflito, os jovens são um dos públicos mais atingidos pelos efeitos devastadores da guerra. A guerra é contra as crianças!

A Organização das Nações Unidas emitiu um alerta nesta terça-feira (5) sobre os preocupantes níveis de desnutrição infantil no norte da Faixa de Gaza, descrevendo a situação como "particularmente extrema". De acordo com as organizações internacionais, os índices de desnutrição são cerca de três vezes mais altos nesta região em comparação com o sul do território palestino.

Richard Peeperkorn, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Gaza e Cisjordânia, revelou que, em janeiro, uma em cada seis crianças com menos de dois anos estava gravemente desnutrida no norte de Gaza. Ele expressou preocupação de que a situação possa ter piorado desde então, considerando a escassez de dados recentes.

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) também enfatizou a gravidade da situação, destacando que as taxas de desnutrição entre crianças menores de cinco anos na região atingiram níveis alarmantes, sendo três vezes maiores do que em Rafah, ao sul. O acesso limitado à ajuda humanitária desde o início dos conflitos entre Israel e o Hamas tem contribuído para a deterioração da situação.

Nos últimos dias, pelo menos 15 crianças morreram de desnutrição e desidratação no hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Recém nascidos estão incluídos na lista.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, testemunhou em suas visitas aos hospitais locais os impactos devastadores da desnutrição, incluindo crianças morrendo de fome e edifícios hospitalares danificados.

A crise humanitária em Gaza tem gerado apelos crescentes para uma resposta mais efetiva de Israel. Incidentes recentes, como o ataque a civis palestinos em busca de ajuda próxima à Cidade de Gaza, aumentaram a pressão internacional.

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Além da desnutrição, há um alarmante risco de surtos de doenças infecciosas, com nove em cada dez crianças menores de cinco anos sofrendo de doenças nas últimas semanas, de acordo com o Unicef.

A organização também alertou para o perigo iminente em Rafah, cidade densamente povoada, onde a população civil está em risco devido aos bombardeios intensificados por Israel. A região abriga cerca de 750 mil crianças, tornando-a especialmente vulnerável.

Aproximadamente um quarto da população de Gaza, ou seja, 576 mil pessoas, está à beira da fome, revelou o escritório da ONU para assuntos humanitários, quase cinco meses após o início do ataque israelense em Gaza.

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