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TERREMOTO

Japoneses enfrentam filas por água e comida após terremoto 

O número de vítimas do terremoto no Japão subiu para 55. Algumas casas desabaram e regiões seguem sem água potável.

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Imagem ilustrativa da notícia Japoneses enfrentam filas por água e comida após terremoto  camera O tremor de magnitude 7,6 sacudiu Ishikawa. | Foto: Reprodução

No primeiro dia do ano, um terremoto abalou as estruturas do Japão e deixou 55 mortos. Os vestígios dessa tragédia provocada por catástrofes naturais são inúmeros, que se somam a falta de energia elétrica em algumas regiões do país, até a busca por elementos essenciais, como água e alimentos.

O epicentro do sismo ocorreu em Ishikawa, no centro-norte do arquipélago. Com a luz da manhã, autoridades puderam constatar a extensão da destruição provocado pelos tremores na província, com edifícios ainda fumegantes, casas demolidas e barcos de pesca afundados ou arrastados para a costa em diversas cidades. Socorristas ainda conduziam operações à procura de de sobreviventes.

"Foram confirmados danos muito extensos, incluindo vítimas, desabamentos de prédios e incêndios", declarou a jornalistas o primeiro-ministro do país asiático, Fumio Kishida. "Precisamos correr contra o tempo para resgatar os afetados."

Imagens aéreas mostraram a devastação causada por um incêndio perto de Wajima, onde um edifício de sete andares colapsou. A maioria das casas da cidade costeira de Suzu também desabou. "A situação é devastadora, e 90% das casas foram destruídas completa ou parcialmente", disse o prefeito de Suzu, Masuhiro Izumiya.

Mais de 30 mil domicílios ainda estão sem energia elétrica na região, uma situação que preocupa devido às baixas temperaturas registradas durante a noite. Muitas localidades também seguem sem água potável.

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O tremor de magnitude 7,6 sacudiu Ishikawa às 16h10 do horário local (4h10 em Brasília). "Foi um choque muito violento", disse à AFP Tsugumasa Mihara, 73, enquanto aguardava na fila para receber água junto com centenas de outros habitantes de Shika. "Que maneira horrível de começar o ano", completou.

Enquanto isso, serviços locais continuam comprometidos, com o fechamento de rodovias nas áreas próximas do epicentro, e a suspensão da linha de trens de alta velocidade entre Tóquio e Ishikawa.

Moradores da capital, que fica a 300 km da província afetada, chegaram a sentir os tremores na madrugada do Ano-Novo, e um evento com a presença do imperador Naruhito e sua família foi cancelado sob essa justificativa.

O ministro da Defesa, Minoru Kihara, informou que mil militares estão preparados para ir à região, e que outros 8.500 foram mobilizados.

A Agência Meteorológica do Japão informou que, depois do terremoto inicial, foram registradas 155 réplicas, a maioria delas com magnitudes superiores a 3. Autoridades haviam emitido alertas de tsunami depois que ondas de 1,2 metro foram registradas em Wajima, mas estes foram desativados na manhã da terça.

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Situado no chamado "cinturão de fogo" do Pacífico, o Japão é um dos países do mundo onde os terremotos são mais frequentes. As normas de construção são rígidas, os edifícios costumam resistir a fortes tremores e a população está habituada a situações do tipo.

A última vez que um tsunami grave alcançou a costa do Japão foi em 11 de março de 2011. Na ocasião, a nação insular registrou um tremor de magnitude 9,0 seguido de uma enorme onda que matou quase 20 mil pessoas, devastou cidades no nordeste do país e levou três reatores nucleares a derreterem em Fukushima --o pior acidente do tipo registrado no mundo desde o ocorrido na planta de Tchernóbil, na então União Soviética, em 1986.

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