Brasileiros ficam fora de mais uma lista para deixar Gaza

O drama dos brasileiros que permaneceram retidos na Faixa de Gaza continua após mais de um mês de conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas.

Nesta quarta-feira (08), o Brasil ficou mais uma vez fora da lista de estrangeiros autorizados a deixar a região.

Nesta sexta lista de autorização, de acordo com informações do embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, outros países foram beneficiados, enquanto os brasileiros aguardam um comunicado. A Ucrânia liderou com 228 pessoas autorizadas a sair, seguida pelas Filipinas com 107, Estados Unidos com 100, Alemanha com 75, Romênia com 51 e Canadá com 40.

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O grupo de brasileiros, composto por 34 pessoas, recebeu uma mensagem da embaixada informando que a saída do território deve ocorrer na quinta-feira (09).

Na segunda-feira (06), o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, garantiu que não haverá represálias por parte do governo israelense contra os brasileiros que estão em Gaza.

"Israel não decide quem entra na lista e não cria obstáculos para isso", aponta Zonshine.

"Autoridades americanas afirmaram que o Hamas estava colocando seus combatentes feridos nas listas de pessoas que precisariam de atendimento médico fora da Faixa de Gaza. O Hamas está impondo diversas condições para liberar a saída dos palestinos com dupla nacionalidade e isso está prejudicando a saída das pessoas", completa o embaixador.

A passagem de Rafah, por onde os estrangeiros em Gaza estavam deixando o enclave palestino, foi reaberta na segunda-feira (06), após dois dias de fechamento.

O fechamento da passagem foi uma retaliação ao ataque israelense às ambulâncias que completaram o transporte de feridos graves para o Egito, de acordo com a versão do Hamas, o grupo que governa Gaza e que lançou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro, dando início ao conflito que já resultou em 11.728 mortes, sendo 10.569 em Gaza e 1,4 mil em Israel.

Os militares israelenses confirmaram o ataque às ambulâncias, alegando ter mirado elementos do grupo terrorista que estavam escondidos no trem.