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EFEITO COLATERAL

Aplicação de botox na testa altera funções cerebrais

Estudo afirma ainda que a toxina botulínica pode dificultar a compreensão de determinados sentimentos

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Imagem ilustrativa da notícia Aplicação de botox na testa altera funções cerebrais camera Brasil é o segundo país que mais a utiliza, atrás apenas dos Estados Unidos | Reprodução/ Internet

A toxina botulínica ou botox é o procedimento estético mais realizado no mundo e o Brasil é o segundo país que mais a utiliza, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.

A toxina é utilizada no tratamento de rugas e marcas de expressão e para mudar também o arqueamento das sobrancelhas. Vale destacar que as rugas tratadas com o botox são as dinâmicas, ou seja, rugas formadas pela contração muscular, como pés de galinha e linhas da testa. Mas o efeito colateral desse medicamento pode trazer muitos malefícios a saúde.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, em parceria com a farmacêutica AbbVie, constatou que pessoas que aplicam toxina botulínica na testa sofrem alterações que as fazem ter dificuldade em interpretar as emoções.

Em um artigo publicado na revista científica Nature, os cientistas resolveram atestar a percepção das emoções a partir da reprodução facial.

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Para o estudo, foram recrutadas dez mulheres com idade entre 33 e 40 anos que deveriam avaliar as expressões felizes e zangadas de imagens que foram mostradas antes e após a aplicação do Botox enquanto realizavam sessões de ressonância magnética.

Durante a primeira parte do experimento, as mulheres analisaram as fotos, e os especialistas notaram a ativação da amígdala (parte do cérebro responsável pelo processamento de emoções) e do processo de giro fusiforme, que faz o reconhecimento dos rostos.

Na segunda parte, realizada entre 13 e 23 dias após a aplicação do Botox na testa, os especialistas constataram que, ao olhar as imagens, houve uma mudança no funcionamento da amígdala.

"O efeito de feedback facial afirma que, quando contraímos ou flexionamos os músculos relevantes para criar uma expressão emocional (por exemplo, feliz ou zangada), isso pode ajudar a identificar e experimentar a emoção refletida", diz o estudo.

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