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ARQUEOLOGIA

Múmias revelam segredos sobre violência no deserto do Chile

Análises em restos mortais evidenciou hábitos violentos da população pré-colombiana

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Imagem ilustrativa da notícia Múmias revelam segredos sobre violência no deserto do Chile camera Pesquisadores estudaram os restos mortais de 194 pessoas que viveram no local entre os anos 1000 a.C. e 600 d.C. | FOTO: JOURNAL OF ANTHROPOLOGICAL ARCHAEOLOGY

Ao analisar múmias encontradas no Deserto do Atacama, uma equipe de arqueólogos encontrou evidências de uma onda de extrema violência que teve como palco o Chile. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram restos mortais de 194 pessoas que viveram no local entre os anos 1000 a.C. e 600 d.C. O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Anthropological Archaeology.

O estudo sugere que o desenvolvimento da agricultura levou o surgimento de assentamentos permanentes, picos populacionais, conflitos territoriais e desigualdade social e isso mudou a forma de como as comunidades interagiam entre si. Isso teria causado uma onda de conflitos e violência.

Analise indicou que os traumas encontrado nos corpos das múmias.
📷 Analise indicou que os traumas encontrado nos corpos das múmias. |FOTO: JOURNAL OF ANTHROPOLOGICAL ARCHAEOLOGY

A analise indicou que os traumas encontrado nos corpos das múmias foram resultantes de intensas lutas. Segundo os especialistas, a violência era exercida tanto sobre homens quanto sobre mulheres.

Veja também:

Entre os esqueletos estudados, havia uma mulher que foi tão agredida que a sua boca mudou de posição.

Analise indicou que os traumas encontrado nos corpos das múmias.
📷 Analise indicou que os traumas encontrado nos corpos das múmias. |FOTO: JOURNAL OF ANTHROPOLOGICAL ARCHAEOLOGY

A pesquisa revela ainda que a violência começou a diminuir com o passar do tempo. Os cientistas descobriram que no período tardio (1 a 600 d.C.), a frequência de agressões caiu pela metade em relação ao período inicial (600 a.C. a 1 d.C.). "Talvez o surgimento de práticas sociais regulando os conflitos de direitos de propriedade tenha ajudado a conter a violência", diz o estudo.

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