A Rússia anunciou na tarde desta quarta-feira (20) que realizou o primeiro teste de seu míssil balístico intercontinental Sarmat. A nova arma vai compor o arsenal nuclear do presidente russo Wladimir Putin.
O Sarmat está em desenvolvimento há anos e, portanto, seu lançamento de teste não é uma surpresa para o Ocidente, mas ocorre em um momento de extrema tensão geopolítica sobre a guerra na Ucrânia.
Putin apareceu na imprensa internacional sendo informado pelos militares que o míssil havia sido lançado de Plesetsk, no Noroeste do país, e atingiu alvos na península de Kamchatka, no extremo leste.
“O novo complexo tem as mais altas características táticas e técnicas e é capaz de superar todos os meios modernos de defesa antimísseis. Não tem análogos no mundo e não terá por muito tempo”, disse Putin.
“Esta arma verdadeiramente única fortalecerá o potencial de combate de nossas forças armadas, garantirá de maneira confiável a segurança da Rússia contra ameaças externas e fornecerá o que pensar para aqueles que, no calor da retórica agressiva frenética, tentam ameaçar nosso país.”
Douglas Barrie, membro sênior do setor aeroespacial militar do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, disse que o lançamento do Sarmat foi um marco após anos de atrasos causados por problemas de financiamento. Ele ainda disse que mais testes seriam necessários antes que a Rússia pudesse realmente implantá-lo no lugar dos antigos mísseis SS-18 e SS-19 que estavam “bem além da data de validade.”
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Barrie afirmou ainda que a capacidade do Sarmat de transportar dez ou mais ogivas e chamarizes, e a opção da Rússia de dispará-lo sobre qualquer um dos polos da Terra, representa um desafio para os sistemas de rastreamento e radar terrestres e baseados em satélite – “isso complica onde você precisa olhar”.
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