O teste de um míssil hipersônico da China, no último verão, foi “muito preocupante”, segundo o principal general dos Estados Unidos, Mark Milley. Segundo ele, a arma chinesa “tem toda a atenção” norte-americana. As informações são da CNN.
Na última segunda-feira (29), um oficial sênior da Força Espacial dos EUA, tenente-general Chance Saltzman, afirmou que o artefato testado pela nação comunista pode permanecer no espaço, em órbita, por um prolongado período de tempo, explicou uma reportagem do site The Drive.
Em um evento online, Saltzman, que é vice-chefe de operações espaciais, nucleares e cibernéticas da Força Espacial americana, respondeu a perguntas sobre o novo sistema chinês, que usaria uma espécie de planador hipersônico capaz de lançar seus próprios projéteis para executar ataques.
“Eu ouço coisas como ‘mísseis hipersônicos’ e às vezes ouço ‘suborbitários’. Este é um sistema categoricamente diferente, porque uma órbita fracionada é diferente de suborbitária. Uma órbita fracionada significa que ele pode permanecer em órbita enquanto o usuário determinar e, em seguida, sair de órbita como parte de sua rota de voo”, disse Saltzman.
Segundo o The Drive, a velocidade hipersônica é definida usualmente como qualquer coisa acima de “Mach 5”, ou cinco vezes a velocidade do som. Os suborbitários podem chegar ao espaço, mas não entram em qualquer tipo de órbita ao redor do planeta.
A “órbita fracionada” seria aquela em que o veículo atinge a órbita, mas é trazido de volta à Terra antes de completar uma volta no planeta. De acordo com a reportagem do The Drive, o míssil chinês em questão parece ser algo “novo” e pode dar uma ou mais voltas no planeta. Claramente, o general sugeriu que o sistema foi projetado para passar períodos mais prolongados no espaço.
Há algumas semanas, o general John Hyten, vice-presidente dos Chefes do Estado-Maior Conjunto, disse à CBS News: “Eles lançaram um míssil de longo alcance”, disse Hyten. “Ele deu a volta ao mundo, lançou um veículo hipersônico que deslizou até a China, que impactou um alvo na China”.
Ao ser questionado se o míssil atingiu o alvo, Hyten respondeu: “Foi perto o suficiente”.
Hyten também destacou a dificuldade em detectar e rastrear o voo de um míssil hipersônico, o que torna difícil atribuí-lo a um país.
“Muitos dos nossos alertas, você sabe, são baseados em mísseis balísticos, porque essa tem sido a principal ameaça por muitos anos”, explicou Saltzman. “Portanto, é responsabilidade da Força Espacial, acredito eu, garantir que estejamos desenvolvendo as capacidades para rastrear esses tipos de armas. Antes de serem lançadas, idealmente, mas depois durante todo o seu ciclo de vida – seja em órbita ou em execução de seu voo definido”, diz o general.
“Se pudermos rastrear, podemos atribuir […] Acho que podemos impedir. A Força Espacial precisa] ter certeza de que estamos desenvolvendo essas capacidades para rastrear e responsabilizar as nações que estão usando esses tipos de armas”, acrescentou.
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