Um navio romano datado do século II aC foi descoberto no Mar Mediterrâneo, na costa siciliana de Palermo, na Itália. A embarcação foi achada a 92 metros de profundidade. Imagens do local de mergulho, tiradas por um robô submarino, indicam que o navio carregava uma grande carga de ânforas de vinho, um antigo jarro de argila usado para o armazenamento e fermentação da bebida.
A descoberta foi descrita pelos arqueológicas como uma das mais importantes dos últimos anos. A Agência Regional Italiana estimou para a Proteção do Meio Ambiente (ARPA) que o navio tenha mais de 2.000 anos.
“Encontramos um número notável de ânforas de tamanhos e formas diferentes. Inicialmente, foram estimadas como datando do século II aC”, disse Vincenzo Infantino, diretor da ARPA na Sicília.
Conforme relatado pela Ansa, o conselheiro regional do patrimônio cultural, Alberto Samonà, declarou: “É talvez um dos achados mais importantes dos últimos meses e ainda mais significativo se considerarmos que é o resultado da ação conjunta de dois órgãos regionais. A sinergia do trabalho dos técnicos do Arpa Sicilia e da Superintendência do Mar, de fato, demonstra que a frutífera interação entre as disciplinas relacionadas ao meio ambiente e à arqueologia pode ajudar a trazer dados muito importantes para fins de estudos de aprofundamento no ‘Mare Nostrum'”.
Veja também!
- Canoa Maia de mais de mil anos é encontrada no México
- DNA: exame confirma que múmia é parente de Boris Johnson
Os arqueólogos esperam que o naufrágio esclareça a histórica atividade comercial de Roma no Mediterrâneo, onde os romanos comercializavam especiarias, vinho, azeitonas e outros produtos no norte da África, Espanha, França e Oriente Médio.
Todos os anos, oceanógrafos e policiais trabalham juntos para localizar naufrágios antigos para tentar combater a venda de tráfico e comercialização ilegal de artefatos históricos.
A Superintendente do Mar, Valeria Li Vigni, sublinhou: “O Mediterrâneo dá-nos continuamente elementos preciosos para a reconstrução da nossa história ligada ao comércio marítimo, os tipos de embarcações, os transportes efetuados, mas também dados relativos à vida a bordo e as relações entre as populações costeiras. A missão conjunta permitiu, ao longo de algumas semanas, a segunda descoberta de excepcional interesse que se segue à do contemporâneo naufrágio de Ustica”.
Veja as imagens!
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar