A decisão do Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) gerou polêmica essa semana ao eleger o Irã como um dos membros da Comissão sobre o Status da Mulher, o principal órgão intergovernamental global dedicado exclusivamente à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres.
O país do Oriente Médio assumirá o posto em 2022, e o mandado deve durar quatro anos. Vale lembrar que a tempos atrás, a própria ONU já acusou o Irã de desrespeitar os direitos das mulheres.
Em um relatório divulgado em agosto do ano passado, o Secretário-Geral das Nações Unidas afirmou que o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos recebeu denúncias de "persistente discriminação contra mulheres, meninas e minorias" no Irã.
Segundo o relatório, o país mantém “contínua discriminação com base no gênero na lei e na prática, incluindo no que diz respeito a questões familiares, liberdade de movimento, emprego, cultura e esportes, bem como acesso a funções políticas e judiciais”.
Em nota a ONU disse que a Comissão sobre o Status da Mulher é um órgão constituído pelos Estados-Membros e que foi criada pelos Estados-Membros em 1946.
"A Comissão tem 45 membros eleitos para um mandato de quatro anos. É um princípio fundamental das Nações Unidas que, em todos os órgãos com menos membros do que os 193 Estados Membros da ONU, os membros sejam distribuídos de forma equitativa entre as regiões geográficas, e os Estados Membros determinam essa distribuição de assentos. Todos os Estados-Membros das Nações Unidas podem participar na sessão anual da Comissão, incluindo nas negociações das conclusões acordadas", afirma a nota.
A organização ainda esclarece que não comenta sobre as ações eleitorais dos Estados Membros, e as eleições são realizadas por voto secreto.
"A ONU Mulheres trabalha com todos os Estados Membros da ONU para promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. A Comissão sobre o Status da Mulher é o principal órgão intergovernamental da comunidade global para os direitos das mulheres e qualquer país que ocupe uma das 45 cadeiras da Comissão é uma indicação de que o país está disposto a trabalhar ativamente no contexto deste importante órgão e agenda.”
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