Veja como descobrir qual orixá guia sua vida 

O orixá guia é uma figura central na espiritualidade de muitas pessoas, especialmente dentro das tradições afro-brasileiras, como a Umbanda. Este conceito, que remete a uma força espiritual que orienta e protege, é celebrado em diversas práticas religiosas e culturais.

Em 15 de novembro, o Dia Nacional da Umbanda é uma data que destaca a importância dessa religião, que é profundamente conectada à fé, à ancestralidade e ao amor. A espiritualista Kelida Marques explica que cada indivíduo é guiado por um orixá, que representa uma energia espiritual única, essencial para a compreensão da própria jornada de vida.

Compreender qual é o seu orixá guia pode ser um passo significativo para o autoconhecimento e a conexão com suas raízes espirituais. Essa descoberta não é apenas uma questão de curiosidade, mas um processo que envolve respeito e preparação. O orixá guia é a energia principal que rege a sua coroa, ou seja, a cabeça e o caminho da sua vida. Segundo Kelida, essa energia se apresenta no momento certo, quando a pessoa está pronta para compreender e cuidar dessa força espiritual.

Como descobrir seu orixá guia

A forma mais segura e respeitosa de descobrir seu orixá é por meio de uma consulta espiritual com os búzios ou com um pai ou mãe de santo. Essa prática é fundamental, pois não se trata de uma simples adivinhação, mas de um processo espiritual que requer conexão e entendimento. Durante a consulta, o orixá se revela de maneira única, e é importante estar aberto para receber essa informação.

Além disso, Kelida Marques sugere que é possível perceber pistas do orixá guia através de traços de personalidade e das situações que se repetem na vida. Cada orixá possui características específicas que podem ressoar com a vivência de uma pessoa. Por exemplo, aqueles que se identificam com Oxum tendem a ser doces e empáticos, enquanto os que têm afinidade com Iansã são mais intensos e ativos, sempre buscando mudanças e desafios.

Características dos orixás

Os orixás são entidades espirituais que representam forças da natureza e aspectos da vida humana. Cada um deles possui características que podem ajudar a identificar qual é o seu orixá guia. A seguir, apresentamos algumas dessas características:

• Oxum: Pessoas ligadas a Oxum são frequentemente descritas como delicadas, empáticas e conectadas à beleza. Elas buscam harmonia e têm um forte instinto de cuidar dos outros.

• Iansã: Aqueles que têm Iansã como orixá guia são conhecidos por sua intensidade e amor por desafios. Eles não suportam a estagnação e costumam inspirar mudanças ao seu redor.

• Ogum: Representando a força e a proteção, os filhos de Ogum são determinados e corajosos, prontos para enfrentar qualquer batalha que a vida lhes apresente.

• Oxóssi: Os que se conectam com Oxóssi são curiosos e livres, apreciando a natureza e a busca pelo conhecimento.

• Xangô: Com um forte senso de justiça, os filhos de Xangô são equilibrados e responsáveis, atuando como mediadores em diversas situações.

• Iemanjá: Aqueles que têm Iemanjá como orixá guia são acolhedores e intuitivos, buscando estabilidade e proteção para aqueles que amam.

Essas características não definem o orixá de uma pessoa, mas ajudam a perceber a energia predominante que a guia. Muitas vezes, um chamado ou uma afinidade especial por uma força espiritual pode ser um sinal de conexão com um orixá específico.

A energia espiritual e seu gênero

Um dos equívocos mais comuns sobre os orixás é a crença de que mulheres só podem ser guiadas por orixás femininos e homens apenas por orixás masculinos. Kelida Marques esclarece que a energia espiritual não possui gênero. Assim, uma mulher pode ser filha de Ogum, assim como um homem pode ser guiado por Oxum ou Iemanjá. O que realmente importa é a vibração que cada um sente e a conexão que estabelece com seu orixá.

Essa compreensão é fundamental para que as pessoas possam se libertar de estereótipos e preconceitos, permitindo que cada um encontre seu verdadeiro caminho espiritual. A energia dos orixás é universal e acessível a todos, independentemente de gênero ou qualquer outra característica pessoal.

Práticas para conectar-se com seu orixá

Após descobrir seu orixá guia, é essencial cultivar essa conexão. Existem várias práticas que podem ajudar nesse processo. Aqui estão algumas sugestões:

• Meditação: Reserve um tempo diariamente para meditar e se conectar com a energia do seu orixá. Isso pode ajudar a fortalecer sua intuição e a compreender melhor sua jornada espiritual.

• Rituais: Participar de rituais ou cerimônias que honrem seu orixá pode ser uma forma poderosa de se conectar com essa energia. Isso pode incluir oferendas, danças ou celebrações específicas.

• Estudo: Aprender mais sobre a história e os ensinamentos do seu orixá pode aprofundar sua conexão. Leia livros, assista a documentários ou participe de grupos de estudo.

• Natureza: Passar tempo na natureza pode ajudar a alinhar sua energia com a do seu orixá. Muitas vezes, os orixás estão associados a elementos naturais, e essa conexão pode ser revitalizante.

Essas práticas não apenas ajudam a fortalecer a conexão com seu orixá, mas também promovem um maior entendimento sobre si mesmo e sobre o mundo ao seu redor.

A importância do autoconhecimento

Descobrir e se conectar com seu orixá guia é um passo importante para o autoconhecimento. Essa jornada permite que você compreenda melhor suas forças, fraquezas e o propósito de sua vida. Ao se alinhar com a energia do seu orixá, você pode encontrar um caminho mais claro e significativo, além de fortalecer sua identidade e autoestima.

Além disso, essa conexão pode trazer um senso de pertencimento e comunidade, especialmente dentro das tradições afro-brasileiras. Celebrar seu orixá e participar de rituais coletivos pode criar laços fortes com outras pessoas que compartilham da mesma fé e espiritualidade.

Em resumo, descobrir seu orixá guia é um processo que envolve autoconhecimento, respeito e conexão espiritual. Ao seguir esse caminho, você não apenas honra suas raízes, mas também se abre para uma vida mais plena e significativa.

Fontes:

• Portal EdiCase