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Automedicação pode trazer sérios riscos para mães e bebês

A automedicação é uma prática errada, mas bastante comum entre os brasileiros. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em 2018, cerca de 76% dos entrevistados assumiram utilizarem medicamentos sem prescriç

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Imagem ilustrativa da notícia Automedicação pode trazer sérios riscos para mães e bebês camera Reprodução

A automedicação é uma prática errada, mas bastante comum entre os brasileiros. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em 2018, cerca de 76% dos entrevistados assumiram utilizarem medicamentos sem prescrição médica. O costume pode representar risco, principalmente para grávidas e lactantes.

De acordo com o ginecologista do Hospital Anchieta, Dr. José Moura, o primeiro trimestre de gestação é um período fundamental para todo o desenvolvimento do bebê, pois é a fase onde são formados os órgãos e a placenta. As mães também sentem de maneira mais intensa sintomas como enjoo, vômito, cansaço e retenção de líquidos. No entanto, a atitude de automedicar-se pode implicar diversos riscos, principalmente nos meses iniciais da gravidez.

“Medicações podem alterar o desenvolvimento dos bebês, por isso recomendamos sempre a avaliação médica antes do uso de qualquer medicamento”, explica o ginecologista.

O mais recomendado para alívio dos sintomas é recorrer a métodos naturais, como repouso e boa alimentação. “O uso de medicamentos é recomendado em situações onde os sintomas estão exacerbados e as medidas comportamentais não surtiram efeitos”, conta o especialista.

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Algumas medicações podem ser usadas durante todo o período gestacional, desde que com orientação médica e sem exageros. Outras devem ser utilizadas com cautela. Segundo Moura, “o uso de medicamentos na gestação deve ser feito de forma criteriosa e individualizada, para que malformações não apareçam durante esse período. Isso vai depender do tipo de medicamento e da fase gestacional em que está sendo tomado”.

No caso das lactantes, algumas substâncias contidas nos medicamentos podem passar para o bebê através do leite e causar efeitos como a sensação de sedação elevada. Portanto, nesse período, o uso de medicações deve ser feito com muito cuidado para não atrapalhar na amamentação.

Doenças crônicas

Para as mulheres com enfermidades crônicas, a orientação é que informem o médico sobre sua condição, uma vez que alguns remédios podem prejudicar o bebê e devem ser substituídos.

O ginecologista reforça ainda a importância do pré-natal para que doenças como hipertensão arterial e diabetes sejam identificadas e tratadas. “Se a paciente apresentar alguma patologia durante o período gestacional, essa precisa ser bem avaliada, principalmente sobre quais medicações utilizar para não comprometer o curso normal da gestação”, explica.

O tomar ou evitar

Algumas medicações como analgésicos e antibióticos são indicados durante o período gestacional, mas futuras mães precisam ser bem orientadas quanto a isso. Outras medicações como corticoides, relaxantes musculares e ansiolíticos também são permitidos de acordo com estado clínico da paciente. Já os anti-inflamatórios são contraindicados durante esse período, principalmente no segundo e terceiro trimestre, por alterar o fechamento do canal arterial.

Durante a amamentação, alguns ansiolíticos também devem ser evitados e o uso de anticoagulantes orais é contraindicado tanto na gestação quanto na amamentação. Por fim, é preciso ressaltar a importância do acompanhamento pré-natal. Todas as medicações a serem utilizadas nesse período precisam de liberação do médico, pois o uso indiscriminado de medicamentos oferece riscos tanto para mãe quanto para o bebê.

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