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EROTISMO

Vampiro? Mordidas estão entre os fetiches mais pedidos na hora do sexo

Sabe aquela velha história de que entre quatro paredes vale tudo? As mordidinhas ou dentadas carinhosas estão ganhando cada vez mais espaço na hora da transa. Isso porque muitos casais usam a técnica para deixar a relação ainda mais intensa na cama.  Ess

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Imagem ilustrativa da notícia Vampiro? Mordidas estão entre os fetiches mais pedidos na hora do sexo camera Reprodução

Sabe aquela velha história de que entre quatro paredes vale tudo? As mordidinhas ou dentadas carinhosas estão ganhando cada vez mais espaço na hora da transa. Isso porque muitos casais usam a técnica para deixar a relação ainda mais intensa na cama.

Essa vontade de morder ou ser mordido pelo parceiro tem uma explicação. "O morder pode sempre ter uma qualidade erótica, mesmo fora da atividade sexual, mas também pode trazer o significado de desejar 'incorporar' o outro, fazer parte dele, corporalmente. Isso implica num desejo de intimidade, compartilhando o mesmo espaço", diz o terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr.. Isso só comprova que os vampiros das lendas e da ficção despertam tanto a nossa libido.

Prato principal da transa

Para algumas pessoas, o prazer sexual não está apenas ligado ao ato, mas sim em atividades não praticadas pela maioria da população, o que é classificado como um tipo de parafilia. As mordidas, por exemplo, acabam se tornando o prato principal da transa e as mesmas se tornam peça-chave para deixar o casal ainda mais excitado.

De acordo com o especialista, a intensidade e a intenção das mordidas podem acabar gerando comportamentos sadomasoquistas, fazendo parte da interação entre pessoas que buscam sentir ou fazer sentir dor.

"Mas existem casais que gostam da prática e não têm conexão alguma com o universo BDSM [sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo], procurando a intensidade das sensações sem a intenção da imposição", explica. "É a atitude mais dominadora e/ou submissa que faz a diferença", completa a terapeuta sexual Arlete Girello Gavranic.

Dor e prazer

Na hor do sexo, dor e prazer costumam caminhar de mãos dadas. Uma boa pedida é dar ou receber as mordidas para potencializar o tesão. Quando a prática se torna comum entre o casal, podemos dizer que temos uma parafilia. Porém, quando esse tipo de comportamento surge ocasionalmente, o classificamos como comportamento parafílico.

Limites

Antes de sair dando as mordidinhas no parceiro, o ideal é saber se o mesmo tem o mesmo interesse. Conhecer os limites alheios é fundamental para não ter erro na hora H.

"Forçar uma situação ou insistir muito para o outro topar é sinal de desrespeito. Além do mais, se há uma necessidade incontrolável de morder ou receber mordidas a ponto de atrapalhar o sexo e outras áreas da vida, é preciso buscar tratamento com um terapeuta sexual", diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.

Além disso, alguns cuidados devem ser tomados durante a prática. "Dentes não combinam com áreas íntimas", avisa Arlete. "Lábios, glande, freio do pênis, testículos e pequenos e grandes lábios vaginais são feitos de mucosa, tecido que rasga muito mais fácil com o serrilhado dos dentes do que a pele dos braços, das coxas e até mesmo do pescoço", afirma.

"A nossa boca é cheia de bactérias. Por isso, dependendo do machucado, pode haver risco de infecção", sinaliza Carla. Outro fator que também deve ser levado em consideração é a exibição social das áreas do corpo que ficam expostas. Já imaginou chegar no escritório com uma marca arroxeada no pescoço ou em locais visíveis? Esse tipo de situação, dependendo do contexto, deve ser evitada.

"Quando os praticantes pretendem que a mordida seja mais intensa e produza mais do que uma marca roxa para os próximos dias, chegando a cortar pele, precisamos compreender que podem existir riscos de saúde, e que o casal necessita desenvolver cuidados para que diminuam problemas posteriores", alerta Oswaldo.

(Com informações do UOL)

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